Monumento ainda pouco visitado pelos viajantes brasileiros que passam pela Bolívia, este importante sítio arqueológico é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Fomos lá, e vamos compartilhar tudo com vocês!
Referência (maio/2016)
1 real = 1,95 bolivianos
O forte
O Forte de Samaipata, ou somente “El Fuerte”, foi um importante centro cerimonial e administrativo de culturas pré-colombianas. Teria sido inicialmente implantado como uma vila Mojocoya (400 – 800 d.C.), sendo futuramente conquistado pelos Guaranis, e por último, dominado pelo Império Inca (a partir de 1450 d.C.), quando se iniciou a construção de uma capital provincial no local, que nunca chegou a ser concluída.
![Fuerte de Samaipata, Bolívia](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_0064.jpg?resize=1080%2C720&ssl=1)
O local se divide em duas partes: uma usada para fins cerimoniais, consiste em uma grande pedra (220m x 65m) talhada com figuras de animais, formas geométricas e imagens com significados mágicos e religiosos para estas civilizações pré-colombianas. Esta é considerada uma das maiores obras cerimoniais do mundo.
A outra parte seria para fins administrativos, onde se pode ver antigas ruinas de casas e dois grandes edifícios que seriam usados para fins militares, mas que ao final nunca foram concluídos.
![Mucuvinha nas ruínas do Fuerte de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_0089.jpg?resize=1080%2C720&ssl=1)
Tudo isso construído no topo de um grande cerro (daí seu nome: “Samaipata” significa “Descanso nas alturas”) e rodeado por uma belíssima paisagem de selva tropical.
Onde fica
O Forte fica localizado há pouco menos de 9km da pequena cidade de Samaipata, na Bolívia.
Samaipata fica localizada a 3 horas de Santa Cruz, na importante estrada que liga Santa Cruz e Sucre.
![Fuerte de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_0067.jpg?resize=1080%2C720&ssl=1)
Para os viajantes que circulam entre estas duas cidades, Samaipata pode ser uma parada interessante. Desde Santa Cruz há diversas vans que fazem o trajeto até Samaipata (35 bolivianos – saem da esquina da Omar Chavez Ortiz com a Soles de Olguin), ou ônibus (20 bolivianos).
![Ruínas do Fuerte de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_0077.jpg?resize=1020%2C680&ssl=1)
Para quem vem de Sucre, pode-se pegar o ônibus até Santa Cruz (35 a 60 bolivianos, dependendo do ônibus) e pedir para descer em Samaipata. Neste caso, fique atento: quase ninguém desce aí, e é bem possível que o motorista passe direto pela pequena cidade. Procure lembrá-lo de te avisar quando estiver chegando.
Para chegar de Samaipata ao forte, é possível ir caminhando (umas 3h para subir e umas 2h para descer) ou pegar um táxi, que vai cobrar uns 50 bolivianos por trecho. Convém conversar com outros turistas (Samaipata é cheia de gringos) para rachar um táxi até lá.
![Caminhando para o Fuerte de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/p5120137.jpg?resize=1091%2C727&ssl=1)
De carona é possível, mas difícil: quase ninguém sobe para lá com seu veículo particular. Nós subimos caminhando e, na descida, conseguimos carona com um casal chileno que passava por lá.
O passeio
A caminhada pelo forte é longa (cerca de 2h, caminhando tranquilo e tirando fotos), mas não chega a ser exaustiva. A altitude não é tão elevada (algo em torno de 1600m), portanto você não deve sentir falta de ar ou outros problemas comuns nos altiplanos.
A rota é bem sinalizada, com vários letreiros trazendo informações e alguns mirantes para ver melhor. Não é permitido subir na pedra ou caminhar por dentro das ruínas.
![Fuerte de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_0047.jpg?resize=1080%2C720&ssl=1)
Fique atento às condições do clima: se estiver muito nublado, você não vai ter uma visão muito boa. Em alguns mirantes, tivemos que esperar vários minutos até as nuvens dispersarem um pouco para conseguir tirar uma foto.
![Caminhando pela neblina no Fuerte de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_0101.jpg?resize=1080%2C720&ssl=1)
Valor
Além do gasto para chegar lá, o valor da entrada ainda é uma facada: 50 bolivianos por pessoa. Apesar de caro, vale a pena.
A entrada ao forte te dá direito a visitar o Museu Arqueológico em Samaipata, que conta com alguns artefatos de cerâmica e restos de ossadas dos povos que viveram na região.
![Fuerte de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_00712.jpg?resize=1080%2C720&ssl=1)
A cidade de Samaipata
A pequena cidade de Samaipata está bem estruturada para o turismo: oferece restaurantes de todos os preços e boas ofertas de hotéis para todos os gostos, com preços a partir de 30 bolivianos por pessoa.
![Praça central de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/p5120167.jpg?resize=1091%2C728&ssl=1)
Se quiser acampar, há campings por 20 bolivianos por pessoa.
Apesar de não ser muito procurado por turistas brasileiros, este local é bastante visado por gringos, e você verá vários europeus pelas ruas.
![Fuerte de Samaipata](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_0079.jpg?resize=1080%2C720&ssl=1)
Os arredores
Além do forte, a região atrai por estar próxima ao Parque Nacional Amboró, e conta com diversas cachoeiras, lagoas e trilhas para ver a selva tropical e alguns animais. Infelizmente, tudo isso é pago (pois é, estamos na Bolívia).
![Parque Nacional Amboró](https://i0.wp.com/mundosemfim.com/wp-content/uploads/2016/05/dsc_0040.jpg?resize=1020%2C680&ssl=1)
Nesta região também está o pequeno povoado de La Higera, onde Che Guevara foi assassinado. Apesar da importância histórica, só se recomenda ir visitá-lo caso seja um grande fã do guerrilheiro argentino; caso contrário, o acesso é difícil, caro e você não vai ver nada além de um busto feito em homenagem ao Che.
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2 comentários sobre “Fuerte de Samaipata – Conheça as relíquias da cultura pré-inca, na Bolívia!”
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