Shangri-La é, literalmente, o “paraíso na Terra”. Esta foi uma das cidades mais bonitas que já visitamos na vida, e aqui contamos como foi a experiência!
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Em 1933, o escritor inglês lançou seu best-seller chamado “Horizonte Perdido” (Lost Horizon), onde é descrita uma cidade utópica no Tibete, tão bonita que chega a ser inimaginável que ela exista de verdade neste mundo. A esta cidade ele deu o nome de “Shangri-La”, nome hoje que tem uma conotação parecida como “paraíso na Terra”.
Não se sabe ao certo qual lugar o autor se inspirou para escrever sua obra (se é que se inspirou em algum lugar real), mas sabe-se que ele usou os registros de dois padres franceses como fonte para a sua pesquisa. Estes padres viajaram por grande parte da China durante os anos de 1844 e 1846, incluindo o Tibete.
Assim, várias cidades nesta região passaram a reivindicar o título de “Shangri-La”. O governo chinês, aproveitando-se da fama do livro, resolveu renomear a cidade de Zhongdian, logo na entrada do Tibete, para Shangri-La, visando assim atrair turistas ao local. E muitos que a visitam confirmam que a descrição da “Shangri-La” do livro bate com a nova “Shangri-La” chinesa. Nós, infelizmente, nunca lemos o livro para poder dizer, mas podemos afirmar que Shangri-La é, sim, muito bonita. De fato, foi um dos lugares mais interessante que já visitamos em nossas vidas!
Como chegar?
Chegar a Shangri-La (alguns mapas ainda a mostram como “Zhongdian”) pode ser um pouco complicado, já que ela está um tanto fora da rota turística tradicional (e distante da linha ferroviária do país), mas definitivamente vale o esforço para chegar lá.
O caminho clássico é chegar até Kunming (de Kunming há voos para qualquer canto da China, e até alguns internacionais) e pegar um trem até Lijiang (alguns optam por conhecer Dali no caminho). Lijiang é outra cidade onde vale a pena passar alguns dias (esta também está na nossa lista de cidades favoritas na China).
De Lijiang é preciso pegar um ônibus até Shangri-La. Há saídas frequentes, e a passagem custa 62 yuan (3-4 horas de viagem).
De Shangri-La, a maioria dos viajantes volta para Lijiang, e de lá pega o trem de volta para Kunming. Nós recomendamos fortemente que você não faça isso, mas que siga viajando até Litang, e de lá até Chengdu (outra cidade grande, famosa pelos pandas). Pouca gente faz esse caminho porque há pouca informação na internet sobre a rota (até mesmo guias de viagem como Lonely Planet dão informações contraditórias nesta parte). Mas é justamente isso que torna a viagem encantadora: pouco acostumados a turistas, os povoados desta região vivem de maneira ainda mais autêntica. De fato, só não dizemos que Shangri-La foi nossa cidade favorita na China porque este título acabou ficando com Litang.
Leia aqui nosso post contando como foi viajar de Shangri-La até Chengdu:
Hospedagem
Shangri-La é dividida em duas partes: o lado moderno e o centro histórico. O ideal é ficar na parte histórica, pois é mais bonita e de lá se pode ir a pé aos principais destinos turísticos da cidade.
Nós encontramos apenas 1 hotel econômico na cidade, que é o Shangri-la High Altitude Love Guesthouse. Se você viaja no estilo mochileiro, recomendamos ficar aqui. Apesar de econômico, a localização é excelente e os quartos são muito bons. Pagamos o equivalente a 9 dólares em um quarto de casal.
Há também hostels na cidade para aqueles que viajam sozinhos, ou opções mais luxuosas para quem tem um orçamento maior.
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Clima e altitude
Nós visitamos Shangri-La no fim da primavera, e ainda fazia bastante frio. Chegamos a pegar temperaturas negativas e um dia vimos até neve. Portanto, venha bem agasalhado.
As lojinhas do centro vendem roupas de frio, e às vezes por preços muito bons. Sempre vale a pena dar uma negociada antes de comprar.
Shangri-La fica a mais de 3000 metros sobre o nível do mar. A esta altitude é comum sentir-se mais cansado que o normal e às vezes ter dores de cabeça. Procure beber bastante água e caminhar devagar enquanto estiver pela cidade.
Comer e beber
Há uma boa oferta de restaurantes tradicionais na cidade. No centro histórico é possível encontrar bares e lanchonetes que vendem comida ao estilo ocidental.
Se você é econômico, tente não comer na parte turística, mas nas ruas dos arredores. Afastando-se uns 100 metros você já encontrará restaurantes simples que vendem pratos de noodles por valores entre 12 e 15 yuan.
Se você come carne, um prato famoso no lugar é a carne de yak (uma espécie de boi peludo, típico da região). Várias lojinhas do centro histórico também vendem carne seca deste animal. Além disso, encontra-se facilmente derivados do yak, como leite e iogurte.
O que fazer?
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Passear pelo centro histórico
O centro histórico é pequeno, e pode ser percorrido todo em menos de uma hora. Além das inúmeras lojas e prédios com arquitetura bem tradicional, você encontrará por aqui uma stupa e rodas de orações. Na praça central, pela noite, às vezes acendem fogueira, e você pode ver o pessoal dançando (e até participar da dança). Tudo grátis.
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Templo Guishan e a enorme roda de oração
Destacando-se ao lado do centro histórico está o templo de Guishan. Mas o que mais chama a atenção neste templo é a sua gigantesca roda de oração dourada. Esta é a maior roda de orações de mundo e tem um significado muito importante para a religião tibetana. Por isso, não será raro você encontrar monges ou fiéis por ali.
A tradição manda girá-la três vezes. Cada giro equivale a rezar alguns milhões de “om mani padme hum“, um mantra budista. E nem adianta tentar girá-la sozinho: é preciso juntar várias pessoas para aguentar o peso. Mas isso não é problema: o tempo todo tem gente chegando.
Não se paga nada para visitar o templo e nem para girar a roda.
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Templo das 100 galinhas
Este templo, de nome bastante curioso, fica no topo de um pequeno cerro atrás do centro histórico. O templo em si não é muito impressionante, mas a visita vale a pena. Além de ver muitas bandeirinhas tibetanas e as supostas 100 galinhas (há porcos também), a vista lá de cima é bem bonita. Também vimos yaks no caminho para lá.
A visita é gratuita.
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Monastério Songzanlin (entrada: 115 yuan)
Dizem que este enorme monastério foi construído para imitar o famoso monastério de Lhasa. Ele está afastado da cidade, mas você pode chegar até lá com o ônibus número 3 (a passagem custa 2 yuan).
Nós achamos o preço absurdamente caro e por isso não o visitamos. Lemos alguns depoimentos de que dava para vê-lo gratuitamente do lado de fora, mas aparentemente já não é mais possível. Nós até que tentamos, mas a bilheteria fica bem antes de chegar ao templo. Ao lado da bilheteria há uma montanha. Talvez seja possível escalá-la, mas nos pareceu complicado demais. Acabamos desistindo.
É isso, pessoal! Se tiverem oportunidade de visitar esta cidade durante sua viagem pela China, vão. Podem ter certeza que vai valer a pena.
Aqui está um vídeo mostrando um pouco mais de Shangri-La:
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