Um destino ainda pouco procurado na América do Sul, Lima merece a sua visita: seja por seu centro histórico reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, seja por suas belas praias com falésias ou por suas inúmeras ruínas pré-colombianas – esta cidade vai te surpreender!
Referência (junho/2016)
1 real = 0,86 soles
1 dólar = 3,32 soles
(valores praticados nas casas de câmbio de Lima)
Com uma população que chega perto dos 10 milhões de habitantes, Lima é uma cidade de vários contrastes: prédios luxuosos têm vista para construções pré-colombianas; BMWs dividem as ruas com ônibus velhos, e edifícios comerciais modernos têm igrejas coloniais como vizinhas. E são justamente estes contrastes que tornam esta cidade tão encantadora.
Dormimos apenas 5 noites aqui, mas saímos com a certeza de que voltaremos outras vezes!
Segurança em Lima
Tantos são os alertas que chegamos a Lima com bastante receio. A fama da cidade não poderia ser mais injusta – como toda cidade grande, há que tomar as precauções básicas, mas a cidade está longe de ser tão perigosa como dizem. De fato, para quem já está acostumado a viver no Brasil, pode ficar tranquilo – a situação no nosso país está bem mais complicada que em qualquer lugar do Peru que passamos até agora.
Transporte público
O deslocamento por Lima pode ser feito por ônibus, vans, táxis, moto-táxis ou por um sistema que eles chamam de “metro” – que são, na verdade, ônibus articulados que percorrem a cidade por vias exclusivas.
Os ônibus e vans custam entre 0,50 e 3 soles, dependendo da distância a ser percorrida (dentro das zonas de interesse turístico, espere pagar em torno de 1,50). Cada ônibus costuma ter um cobrador que grita os destinos pela porta (se você não fala bem espanhol, dificilmente vai entender alguma coisa). Se não entender, não se preocupe: o povo peruano está sempre disposto a ajudar; no ponto, pergunte para as pessoas como chegar ao destino que você quer, e certamente vão te ajudar.
Os moto-táxis são motos convertidas, capazes de levar até 3 pessoas (além do piloto). Estas fazem percursos curtos, e geralmente a corrida fica menos que 5 soles.
Se for se deslocar de táxi, espere pagar entre 10 e 40 soles por recorridos no centro e arredores.
Os “metros” custam 2,50, e para utilizá-los é necessário fazer um cartão, que custa 5 soles.
Todos nos alertaram que tanto os táxis quando os ônibus costumam cobrar mais caros de extrangeiros; no nosso caso, sempre nos cobraram os valores justos, mas não custa dar uma perguntada no hotel ou para as pessoas do ponto qual deveria ser o preço para o percurso a recorrer.
Terminal de Ônibus
O principal terminal de ônibus de Lima está localizado na Plaza Norte, na Panamericana rumo ao norte. Daqui saem ônibus para todos os lados do Peru.
Se estiver chegando em Lima de ônibus, é bem provável que o motorista não pare no terminal, mas sim em alguma garagem da própria agência. Procure confirmar esta informação antes de seguir para Lima, para assim já poder se organizar quanto ao transporte ao chegar na cidade.
Hospedagem em Lima
Lima é uma cidade grande, com um transporte eficiente. De um modo geral, em qualquer lugar da cidade é bom para se hospedar. O distrito de Miraflores é o mais chique (e, consequentemente, o mais caro), e pode ser um bom lugar para quem está disposto a gastar mais por um pouco de luxo.
O centro histórico é bonito (dizem que é perigoso à noite) e oferece hospedagens mais baratas.
Quem estiver visitando a cidade por pouco tempo (somente para aproveitar uma escala antes de seguir a Cusco, por exemplo), pode se hospedar próximo ao aeroporto, evitando assim o risco de ficar preso no trânsito caótico na hora de ir embora.
Nós ficamos no excelente Hostel Limper Lima (www.limperhostelbyb.com), e recomendamos sem medo – foi provavelmente o melhor hotel que já nos hospedamos até agora. Fica perto do aeroporto, mas com fácil acesso ao centro ou a Miraflores em ônibus. Oferecem transfer para o aeroporto, mas não tiveram problemas em ir nos buscar no terminal de ônibus. O excelente atendimento foi fundamental para nos ajudar a conhecer a cidade!
Câmbio e Saque
As casas de câmbio que oferecem a melhor cotação estão próximas à praça San Martin, no centro. Há cambistas de rua que são confiáveis no geral, mas não oferecem cotações melhores que as casas de câmbio.
Se quiser sacar dinheiro, há caixas automáticos em praticamente toda a cidade. Apesar da grande variedade de bancos, não encontramos nenhum banco brasileiro por lá.
Trânsito
O trânsito em Lima é caótico, e as buzinas fazem parte da trilha sonora da cidade. Se estiver viajando de carro, recomendamos deixar seu veículo na garagem do hotel e dar preferência a se deslocar em ônibus ou táxi.
Quando estiver a pé, fique atento – não é porque você está atravessando na faixa ou porque o sinal está verde para você que os carros vão parar. É comum o sinal estar, ao mesmo tempo, aberto para o pedestre e também para os carros que querem virar a esquina. Neste caso, os carros têm (ou pensam que têm) preferência. Tome cuidado.
Poluição
Apesar da grande quantidade de veículos (muitos deles velhos) nas ruas, não achamos o ar de Lima poluido, pelo menos em comparação a outras cidades grandes que conhecemos. Talvez o fato de estar perto do mar ajude.
A única poluição que se sente aqui é a sonora – esta sim pode incomodar, principalmente se sua viagem for para “relaxar”.
Água
Não é recomendável tomar água da torneira em Lima. Procure comprar água mineral.
Preços
Lima é, de forma geral, mais cara que as outras cidades do Peru, mas ainda é mais barata que o Brasil.
Um almoço no centro pode sair entre 7 e 15 soles, dependendo do lugar. Em Miraflores, espere pagar mais caro.
Nos bairros é possível almoçar em lugares simples por 5 soles.
Uma cerveja sai por 5 soles (600ml) em um bar.
Nos supermercados os preços são muito parecidos com os do Brasil. Frutas e verduras costumam ser mais baratas; o pão sai praticamente o mesmo preço (5 a 6 soles o quilo), e itens de higiene são um pouco mais caros (um desodorante sai em torno de 12 soles).
Banheiros
Praticamente todos os banheiros públicos são pagos (até mesmo alguns shoppings podem cobrar). Os preços variam entre 0,50 e 1 sol. Ande sempre com papel higiênico, pois nem todos os banheiros oferecem.
Comida
A comida típica que você precisa provar é o Ceviche. Se ainda não conhece, é uma mistura de frutos do mar, contendo peixes crus (ou melhor, cozidos com limão), cebola e algum outro tempero.
Um prato bem servido de ceviche sai entre 10 e 20 soles. Se quiser apenas experimentar, vendem porções pequenas a partir de 3 soles.
Clima
Viemos a Lima em junho, e só pegamos dias nublados (alguns com forte neblina). Não sabemos como é nas outras estações do ano, mas pelo que nos informaram, dias ensolarados são raros.
O lado bom é que chuvas também são raras, assim pode sair na rua sem se preocupar.
O que conhecer
É possível conhecer os principais lugares de Lima em uns 2 ou 3 dias. Se quiser ficar mais tempo, tudo bem: a cidade tem atrativos para passar mais de 1 semana sem enjoar.
Aqui vão os principais pontos a se conhecer:
Centro histórico
Se puder escolher somente um lugar para visitar em Lima, visite o centro histórico. Seus belos edifícios, igrejas e praças deram a esta região o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Ainda que visitar cada um destes edifícios saia caro (o preço das entradas são absurdos), contemplá-los pelo lado de fora já vale a pena.
No círculo azul está a Plaza de Armas, rodeada pelo Palácio do Governo e pela Catedral de Lima. Caminhando um pouco mais, chega-se à Igreja de San Francisco.
Palácio do Governo: Todos os dias, às 11h30min, acontece a troca de guardas. No terceiro domingo de cada mês, a troca de guarda é feita a cavalo.
É possível fazer uma visita guiada, gratuita, com agendamento prévio, pelo telefone: (511)311-3908.
Catedral de Lima: Principal igreja da cidade e a maior do Peru, foi concluída em 1649, depois de mais de 100 anos de construção. A entrada à igreja custa 10 soles.
Igreja de San Francisco: Outra bonita igreja, possui catacumbas em seu subsolo, que guardam os ossos de mais de 70 mil pessoas que foram enterradas ali. O ingresso custa 10 soles, e só vale a pena caso nunca tenha visitado uma catacumba.
Atrás da igreja está o Parque La Muralla (gratuito), que possui vestígios de uma muralha que antes protegia o centro de Lima. Quando visitamos, estava fechado para reformas.
No círculo vermelho, está a Plaza San Martín, uma praça em homenagem ao herói argentino que foi o libertador do Peru.
No círculo verde está o Mercado Municipal e a entrada para o bairro chinês, um lugar com bons restaurantes e lojas que vendem artigos orientais. Se gosta deste tipo de comida, vale a pena almoçar aqui.
Caminhando um pouco mais adiante pela av. Abancay, passará em frente ao congresso, onde também está o Museu da Inquisição, que conta com instrumentos de tortura da época colonial. A entrada é gratuita, mas o museu estará fechado para reformas até setembro/2016.
Miraflores
Distrito rico de Lima, este lugar com carros importados e restaurantes chiques perde um pouco a identidade latinoamericana, mas não deixa de ser interessante. É aqui que a maioria dos gringos se hospedam. Ainda que praticamente tudo neste lugar seja caro, é possível encontrar alguns hostels com preços econômicos.
Em Miraflores, deve-se caminhar pelo Malecón e apreciar a bela vista da praia, acompanhada por uma sequencia de parques.
Um circuito clássico é fazer caminhando o triângulo que liga o Parque Kennedy (vermelho), o shopping Larcomar (azul – mesmo que não curta shopping, este vale pela vista) e o Parque do Amor (amarelo), de onde partem as asa-deltas.
No shopping há um informações turísticas, onde você pode aproveitar para pegar um mapa da cidade.
Também é interessante dar uma esticada até o Huaca Pucllana, um sítio com ruínas pré-incaicas em plena cidade (círculo verde). A entrada ao complexo custa 12 soles (15 pela noite), e inclui um guia. Se não quiser pagar, tirar fotos pelo lado de fora já vale a pena. O pessoal da bilheteria deixa você entrar até um limite gratuitamente.
Barranco
Barranco é considerado o distrito boêmio de Lima. Ainda que não seja barato, os preços e o ambiente desta região são mais agradáveis que os de Miraflores.
É possível chegar facilmente em Barranco caminhando pelo Malecón, a partir do shopping Larcomar.
Pachacamac
Pachacamac está localizado a pouco mais de 30km de Lima, mas é facilmente acessível com transporte público (ou com excursão, se estiver disposto a gastar um pouco mais). Pachacamac foi um importante local administrativo e religioso para diversas culturas do Peru, como a Inca, a Lima e a Huapi. O local ainda está em processo de restauração, mas merece a visita (imaginamos que, depois de completamente restaurado, Pachamac vai superar Machu Picchu em grandeza).
Leia mais sobre o Pachamac aqui.
E esta foi nossa passagem por Lima!
Gostaríamos de ter explorado muito mais a cidade, mas nem o tempo nem o dinheiro nos permitiu. Ainda assim, este foi um roteiro bem bacana, e recomendamos para quem tem apenas uns 3 ou 4 dias para ficar por aqui.
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Oioi!!! Uma curiosidade…qto foi a diária no hotel?
Olá Naiana! Não me lembro direito, mas se não me engano estava na faixa dos 70 soles um quarto de casal!