10 maiores roubadas na América do Sul

A América do Sul é um continente maravilhoso, mas infelizmente há algumas roubadas pelo caminho. Aqui listamos as 10 mais comuns – algumas vividas por nós, algumas que escutamos de outros viajantes. Cuidado para não cair nelas!

1. Estradas sem transporte – Patagônia (Argentina, Chile)

Aventurar-se pela Patagônia é uma experiência inesquecível, mas você deve ir sem pressa. Afinal, como dizem por lá: “Na Patagônia, quem tem pressa perde tempo”.

Viajamos tanto pelo lado argentino quanto chileno basicamente de carona. Lá costuma ser fácil, e de cada 3 carros que passam, 1 te leva. O problema era esperar estes carros passarem: em vários pontos da Ruta 40 (Argentina) e da Carretera Austral (Chile), chegamos a esperar 3 horas e não passou ninguém. Em um lugar, entre Malargue e Zapata, chegamos a considerar pegar um ônibus. Perguntamos em uma vendinha quando o próximo passava, e o rapaz nos disse que passaria em 3 dias. Acabamos tendo que voltar 200km para seguir por outra estrada.

Esperando uma carona na Ruta 40, Argentina
Esperando uma carona na Ruta 40, Argentina

Se for mochilar de carona ou ônibus por lá, procure saber antes quais estradas tem movimento, e vá preparado para perder alguns dias esperando transporte. Mesmo com os perrengues, a experiência vale muito.

Quer dicas de como economizar viajando por lá? Leia nosso post completo aqui.

2. Ventos da Patagônia (Argentina, Chile)

Quem já viajou pelo sul da Argentina ou acampou em Torres del Paine sabe o que é vento de verdade. Nesta região não é raro ver pedaços de barracas voando ou presos nos topos das árvores.

Quem viaja de moto também sofre por aqui: este vento gelado atravessa a pele como uma navalha. Na Terra do Fogo, então, a situação é pior ainda. Deveriam mudar seu nome para Terra do Vento.

Felizmente nossa barraca aguentou bem o tranco. Quando for acampar por lá, invista em uma barraca de qualidade para não vê-la pelos ares!

Terra do Fogo, Argentina
Na Terra do Fogo – aqui venta muito!!

3. Viajar pelo Chile na baixa temporada

Viajar na baixa temporada é sempre uma boa: as hospedagens costumam estar mais baratas e você aproveita os lugares sem muitos turistas.

Pois é, assim pensávamos quando fomos viajar pelo sul do Chile. O problema é que muitas cidades só recebem turistas na alta temporada. Nos outros meses, os campings fecham e os quartos mais econômicos são alugados a estudantes. Para o viajante desprevenido, só resta pagar os caros hotéis que permanecem abertos o ano todo, ou procurar lugares seguros para fazer camping selvagem. Nossa sorte é que muitos amigos chilenos nos deixaram ficar em suas casas, se não a viagem ia sair cara!

4. Congelar de frio no Salar do Uyuni (Bolívia)

O Salar do Uyuni é um dos passeios mais espetaculares da América do Sul, mas a altitude elevada e o frio extremo (a temperatura às vezes cai a -25°C pela noite) podem tornar a experiência bem complicada. Nós felizmente não tivemos problemas deste tipo, mas escutamos vários depoimentos de pessoas que sofreram por lá.

Antes de ir, certifique-se de ter boas roupas para o frio (incluindo luvas, cachecol e gorro) e verifique com sua agência se eles fornecem cobertores ou sacos de dormir. Estando com tudo certinho, é só aproveitar esse espetáculo da natureza!

Brincando no Salar do Uyuni
Brincando no Salar do Uyuni

5. Piriri e ônibus sem banheiro (Bolívia)

A higiene não é o ponto forte da Bolívia, e 9 em cada 10 viajantes acabam sofrendo de piriri. Tudo bem, normal. A situação se complica mesmo quando bate a vontade desesperadora de descarregar no meio da estrada, e você descobre que o ônibus não tem banheiro. Nessas horas, perca a vergonha, grite bem forte “BAÑO!!” e vá no mato mesmo!

ônibus em Potosí, Bolívia
Ônibus boliviano

6. Encheção de saco nas praias de Cartagena (Colômbia)

Cartagena é uma das cidades mais encantadoras da América do Sul (e possivelmente do mundo), mas suas praias deixam muito a desejar. Além de não serem as mais bonitas, é impossível relaxar por mais de 10 minutos antes que alguém comece a te fazer massagem ou venha te oferecer algo para comprar. Golpes a turistas também são bastante comuns, portanto dispense qualquer “amostra grátis”, pois ela sairá caro depois!

Centro histórico de Cartagena

7. Males de altitude (Bolívia, Peru, Equador)

Com várias cidades de altitudes que facilmente superam os 3000 msnm, e montanhas que passam dos 5000, toda esta região andina costuma golpear fortemente os viajantes em seus primeiros dias.

Com sintomas parecidos com os da gripe, é bom dedicar seus primeiros dias a fazer os passeios mais leves e evitar caminhar muito, até o corpo se acostumar.

Tomar chá de coca ajuda bastante, mas o mais importante é estar bem hidratado – tome sempre muita água!

Mucuvinha no Cerro Colorado de Cusco
Cerro Colorado, Peru – Um dos lugares mais sofridos que já subimos por conta da altitude

Males de altitude também atingem visitantes em algumas regiões da Colômbia e do Chile, principalmente no Deserto do Atacama.

8. América do Sul com preços de Europa (Punta del Este)

Talvez seja pelo fato de ainda estarmos começando a viagem e sermos muito inexperientes, mas o fato é que o Uruguai nos saiu caro: nossa rápida passagem de 3 dias por lá nos custou 1200 reais (lembrando que nossa meta é 70 reais por dia).

Punta del Este foi o cúmulo: uma cama em um quarto compartilhado saía por 25 dólares. Pela internet encontramos hospedagens em Paris mais baratas que isso. Mas tudo bem: conhecemos a cidade em 1 dia caminhando com a mochila nas costas mesmo!

Punta del Este – Tiramos essa foto e já vazamos!

9. Dificuldade para trocar dinheiro (Venezuela)

A Venezuela não possui casas de câmbio, e o câmbio oficial que os bancos pagam é péssimo. A solução é trocar dinheiro na rua com pessoas interessadas em comprar dólares.

O problema é que, na época que estivemos por lá, a maior nota que circulava no país era de 100 bolívares, que equivale a 10 centavos de real. Isso quer dizer que, ao trocar 100 dólares, precisávamos sair com uma mochila cheia de dinheiro (isso quando conseguíamos, pois o pessoal dificilmente tinha tanto dinheiro assim).

O equivalente a 80 reais em Bolívares

Felizmente nosso problema se resolveu quando um amigo nosso nos emprestou seu cartão do banco. Aí fazíamos tudo por transferência – bem mais fácil!

Agora a Venezuela já está com notas de até 20 mil bolívares. Isso deve ter melhorado bastante a situação.

10. Dinheiro falso (Peru, Colômbia, Argentina)

Dinheiro falso é um problema no mundo inteiro, mas nestes países a situação é um pouco mais complicada. Na Argentina acabamos morrendo com 100 dólares falsos na mão. A nota era perfeita, e até a caneta identificadora mostrou como se fosse verdadeira, mas em poucos dias o dinheiro começou a perder a cor.

O problema, pelo que escutamos, é consequência do dinheiro venezuelano: como o país possui notas de boa qualidade e que não valem quase nada, é comum falsificadores comprarem grandes maços de bolívares para imprimir outro valor por cima. Assim, métodos que analisam a composição do papel acabam dizendo que o dinheiro é verdadeiro, mesmo sendo uma falsificação.

Aprendemos a lição, e agora sempre que chegamos a um país novo procuramos estudar todos os detalhes da moeda para não cair em um golpe novamente.

 

É isso pessoal! Passaram por outras roubadas que não colocamos aqui? Comentem aí!

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9 comentários sobre “10 maiores roubadas na América do Sul

  1. Eu tô entre esses 9 que tiveram caganeira na Bolívia! Kkkkkkk
    Por sorte eu viajava com tempo e pude esperar passagem antes de seguir viagem.

    1. Pior é que a paisagem lá é bastante desértica, não tem nem onde se esconder!! hahahah
      Felizmente desta vez não passamos por isso, mas em uma outra viagem que eu fiz pra lá eu não podia comer nada as 5h antes de embarcar pra não ter problemas!!
      Beijoss!

  2. Viajar é massa e a América Latina nos faz mais fortes e apaixonados por viagens! É difícil escolher uma história dentre tantas, mas ficarmos presos no Peru sem poder sair, chantageados pela polícia, conhecidos pelos cônsules, e não só andar no carro da Embaixada Brasileira como também parar um avião, ah, são memórias que ficam para sempre 🙂

  3. Eu já tive diarreia na Bolívia também, e no mesmo país cai no golpe do táxi pirata, que roubaram minhas câmeras. Foram-se os anéis e ficaram-se os dedos.
    Vendedor chato tem muito em Porto Seguro, chega a ser muito incomodo. Ainda mandarei fazer uma camisa estampada: “No Gracias”, “não, obrigada” e No Thanks”
    Pronta para encarar a Venezuela sozinha. Medo e curiosidade, RS…

      1. Fui, foi tudo isso que eles disseram aqui no blog. O dinheiro agora é Bolívar soberano. Cortaram os milhares de zeros, porém, acredito que se vc alugar um cartão de débito e utilizar o dinheiro só para transporte vai facilitar muito sua vida. Alguns dias fiquei sem comer nada por não conseguir trocar dólares, comi fiado em alguns lugares também, como Mérida. Mas com todas as dificuldades, foi uma experiência única. Pra onde pretende ir lá?

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