Com uma beleza natural surpreendente e cheia de cultura maia, o lago Atitlán é, por muitos, considerado como o “lago mais bonito do mundo”. Aqui damos todos os detalhes de como foi nossa visita por lá!
Câmbio oficial (junho/2017)
1 quetzal = 0,45 reais
1 dólar = 7,35 quetzales
“O lago Como, parece-me, toca os limites do pitoresco, mas o Atitlán é o Como com os embelezamentos adicionais de vários grandes vulcões. É realmente demasiado de uma coisa boa.” – Aldous Huxley (comparando-o com o lago Como, na Itália)
“O lago mais bonito do mundo” – Alexander von Humboldt
Ainda não conhecemos todos os lagos do mundo para dizer se este é realmente o mais bonito, mas podemos afirmar que ele é espetacular. Sua cor é de um verde suave e atraente, e seus vulcões ao fundo completam a paisagem.
Mas o que mais nos atraiu aqui não foi o natural, mas sim os vários pequenos povoados ao seu redor: com seus costumes, vestimentas, artes e até seu idioma próprio, a cultura indígena presente na região é encantadora. Sempre simpáticos e sorridentes, são excelentes anfitriões para os milhares de turistas que visitam o Atitlán!
Como chegar?
Nós viemos ao lago depois de visitar Antígua. Para chegar até Panajachel (cidade onde nos hospedamos) há duas opções: pegar um shuttle direto (15 dólares) ou ir nos ônibus comuns (25,50 quetzales).
Para ir em ônibus, é preciso fazer algumas conexões. Os trechos são:
- Antígua – Chimaltenango (40 minutos, 5 quetzales);
- Chimaltenango – Los Encuentros (2 horas, 15 quetzales);
- Los Encuentros – Sololá (20 minutos, 2,50 quetzales);
- Sololá – Panajachel (15 minutos, 3 quetzales).
Pode ir tranquilo que há ônibus saindo o tempo todo (nunca esperamos mais de 5 minutos).
Onde se hospedar?
Praticamente todas as cidades ao redor do lago possuem boas ofertas de hospedagem. Nós optamos por ficar em Panajachel, já que é a mais fácil de chegar e possui transporte em barco para todos os outros povoados.
Em Panajachel há hotéis de todos os tipos. Nós ficamos no hotel Fonda del Sol (hotelfondadelsol.com), que oferece um excelente custo x benefício. Aqui, um quarto de casal confortável, com banheiro privado, wi-fi, tv e ducha de água quente (muito importante) sai por 250 quetzales. Excelente para quem está viajando em casal ou família. Fica perto da entrada da cidade, ao lado do centro de informações turísticas.
Informações turísticas
O escritório do INGUAT (Instituto Guatemalteco de Turismo) fica em Panajachel, perto da entrada da cidade. Não deixe de dar um pulo lá para pegar um mapa e várias dicas do que fazer. Eles também oferecem wi-fi gratuito.
Deslocamento
Há tuc-tucs (motos adaptadas para levar 3 pessoas) em todos os povos ao redor do lago, embora você possa caminhar para todos os lados sem problemas.
Em Panajachel há dois locais de onde saem barcos públicos: um para os povoados à esquerda e outro para os povoados à direita. Um barco para Santiago ou San Pedro (os povoados mais distantes) custa 25 quetzales por pessoa, e saem de hora em hora (ou menos, se encherem). Este valor vai diminuindo para as cidades mais próximas.
Outra opção é pegar tours particulares.Custam entre 300 e 600 quetzales, dependendo de quais povoados quer visitar. Nestes casos, geralmente o barqueiro acaba servindo de guia.
Comer e beber
Panajachel oferece uma boa oferta de bares e restaurantes. Os principais estão pela avenida Santander, e um menu sai a partir de 30 quetzales. Se quiser algo mais econômico, um almoço no mercado sai por 18 quetzales, com suco.
Nos bares, as cervejas mais populares são as Brahvas (nossa Brahma) – geralmente vendidas no esquema: 2 garrafas de 1 litro por 35 a 40 quetzales. A cerveja Gallo (nacional) já custa mais caro: 1 litro sai por 30 quetzales.
O shot de tequila custa na faixa de 5 quetzales.
Segurança
Todos os povoados do lago são daqueles lugares tranquilos, onde crianças jogam bola nas ruas até à noite e as pessoas deixam a porta de casa destrancada. Não há com que se preocupar.
O que fazer em Panajachel?
Aqui passamos a lista de atrações de Panajachel, e depois contamos um pouco mais sobre os outros povoados.
Um passeio imperdível para quem quer estar em contato com a natureza: com várias trilhas, pontes ao estilo Indiana Jones e até um borboletário, oferece boas oportunidades de ver macacos, quatis e guaxinins. Está a cerca de 20 minutos de caminhada a partir do centro de Panajachel, e a entrada custa 70 quetzales. Se quiser ler mais sobre este passeio, leia nosso relato completo aqui.
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Museu Lacustre Atitlán
Este museu guarda alguns objetos e um pouco da história da “cidade submersa” do lago. Esta “cidade” era, na verdade, um centro cerimonial religioso, que ficava em uma ilha. Como a altura da água do lago subiu, a ilha acabou sendo submersa, junto com sua história.
A entrada para o museu custa 35 quetzales.
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Igreja de São Francisco
Com uma bela fachada ao estilo colonial, é a principal igreja católica de Panajachel. Atrás dela está a praça principal da cidade, com algumas esculturas de dinossauros feitas com sucata de metais.
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Casa Cakchiquel
Este prédio foi um dos primeiros hotéis da região do lago, e agora ali atualmente funciona uma estação de rádio, um restaurante japonês e um museu com fotos antigas da cidade. A entrada é gratuita. Está localizado na rua 14 de Febrero.
Dizem que neste hotel já se hospedaram alguns personagens importantes da história, como Aldous Huxley e Ernesto Che Guevara.
Outros povoados
Estes são os outros povoados da região do lago. Não chegamos a visitar todos, mas pegamos todas as informações para que vocês possam decidir quais preferem conhecer.
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San Pedro
O povoado mais visitado por estrangeiros atrás de festas e bebedeiras. Culturalmente não é tão impressionante (você vai ver mais gringos que indígenas nas ruas), mas se você estiver a fim de agitação, pode ser um lugar interessante.
Serve de base para excursões ao impressionante vulcão San Pedro.
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San Marcos
Outro povoado cheio de estrangeiros, mas bem diferente de San Pedro. Os que vem aqui procuram paz e tranquilidade. Há vários centros de projetos holísticos, escolas de ioga, curas naturais, etc.
Se você busca se encontrar, talvez aqui seja o seu lugar.
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Santiago
Este povo também é cheio de estrangeiros, mas culturalmente é bastante interessante. Mais de 90% de seus 60 mil habitantes são indígenas, e seu idioma nativo é mais escutado pelas ruas do que o espanhol.
Santiago possui uma bonita igreja que mescla elementos da fé católica com a fé maia. Em seu interior é possível ver santos vestidos com roupas típicas da região, assim como a estátua de um Jesus negro.
Em Santiago também está a estátua de Maximón (cada ano está em uma casa diferente), supostamente um santo conhecido por ser um beberrão e mulherengo. Dizem que o povo é bem devoto a ele, embora conversando com alguns locais tivemos a impressão de que é mais um chamariz para turistas do que um ídolo de verdade.
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Santa Catarina Palopó
Outro povoado interessante, dedicado à fabricação de roupas e tecidos em geral. Está a 4km de Panajachel; é possível chegar em caminhonete (transportam o pessoal amontoado na caçamba) ou depois de caminhar quase 1 hora.
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Sololá
Não faz parte do lago na verdade, mas é caminho para lá. A cidade não possui grandes atrativos para os turistas (a maioria só passa rápido para chegar a Panajachel), mas às quartas e sextas abriga uma bela feira que merece a visita. Esta feira é para a população local mesmo: você não vai encontrar artigos escritos “Guatemala” ou afins, mas sim produtos autênticos usados pelos indígenas. Os preços são bons, mas é sempre bom dar uma negociada para evitar que te cobrem mais caro por ser estrangeiro.
Está a pouco menos de 1 hora de Panajachel. Este pequeno povoado nas montanhas realiza aquela que é uma das maiores feiras indígenas da América, todas as quintas e domingos. Os preços lá são bem mais econômicos que nos outros lugares – se busca uma lembrança da Guatemala, é um bom local para procurar.
Leia nosso post completo sobre Chichicastenango aqui.
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Adorei, gente! Dá uma vontade imensa de sair da África é ir atrás de vocês na Guatemala. Pode??? Rsrs
O hotel parece ser ótimo! Aproveitem!
Beijos
Pode não! Porque nós é que estamos doidos pra correr atrás de você aí na África… Rs