Moderna, cheia de cultura e uma das 7 Cidades Maravilha do mundo – assim é a vibrante capital da Malásia. Vai dar um pulo por aqui? Não deixe de pegar todas as dicas!
Câmbio oficial (fev/2018):
1 real = 1,20 myr
1 dólar = 3,88 myr
1 euro =4,84 myr
Seja por conta dos voos econômicos, do excelente transporte público, dos hotéis baratos ou pela incrível mistura das culturas islâmica, hindu e chinesa: Kuala Lumpur é visita obrigatória de quem está viajando pelo sudeste asiático.
Eleita em 2014 como uma das 7 cidades maravilhas do mundo (junto com Havana, Beirut, Vigan, Doha, Durban e La Paz), a capital da Malásia é uma ótima pedida para quem quer ficar alguns dias ou vai dar apenas uma rápida passada pelo país. O aeroporto é integrado com a rede de trens e metrôs da cidade, o que facilita a vida de quem chega em um voo pela manhã e já pretende seguir para o próximo destino pela noite. Porém, seus hotéis econômicos e sua infinidade de atrações gratuitas são um convite para que você reserve pelo menos 3 dias para explorá-la.
Interessado? Então vamos às dicas!
Como chegar do aeroporto ao centro
O aeroporto está a cerca de 60 quilômetros do centro de Kuala Lumpur. Isso poderia ser uma dor de cabeça em outras cidades, mas não aqui: há um trem que faz a ligação entre o aeroporto e a estação KL Sentral (isso mesmo, com “s”). A passagem custa 55 MYR (46 reais) e a viagem leva 33 minutos.
Achou caro? Então pegue o ônibus: apenas 12 MYR (10 reais), e o deslocamento leva em torno de 50 minutos, e também leva à Estação KL Sentral. Saem de hora em hora.
Há placas por todos os lados indicando onde se pega o trem e o ônibus. Se tiver dúvidas, pode perguntar aos funcionários: praticamente todos falam inglês.
Da Estação KL Sentral há trens para todos os cantos da cidade.
Rodoviárias
Há dois terminais de ônibus principais em Kuala Lumpur: o Terminal Buersepadu Selatan (TBS) e o Pudu (ou Puduraya). O TBS é o principal. Ele opera principalmente ônibus para o sul do país. Uma passagem daqui para Singapura, por exemplo, custa a partir de 43 MYRs. No TBS é possível também comprar as passagens para o norte e para a Tailândia, embora o embarque provavelmente será feito na estação Pudu. De Kuala Lumpur para Hatyai (Tailândia), as passagens saem a partir de 60 MYRs.
Ambas as estações estão integradas com a rede de trens e metrôs.
Informações Turísticas
Há centros de informações turísticas espalhadas por toda a cidade, assim como no aeroporto, nas principais estações de trem e nos terminais rodoviários. Vale a pena passar em um e pegar um mapa das linhas de trens da cidade e do itinerário dos ônibus da Go KL. Com isso você irá a qualquer lado sem problemas.
Transporte público
Kuala Lumpur foi a cidade com o melhor transporte público que já visitamos. A rede de metrô e trens tem uma cobertura excelente e passa pela maioria dos destinos turísticos. Também há ônibus da Go KL que cobrem os pontos turísticos do centro e são gratuitos (isso mesmo, grátis, sem asteriscos ou letras pequenas). Estes são fáceis de identificar pela sua cor rosa.
É fácil andar de trem, mas há alguns detalhes. Primeiro que cada linha é operada por uma empresa diferente. Assim, mesmo que uma estação seja integrada com a outra, você terá que pagar a passagem separado. Cuidado para não entrar na linha errada, pois perderá dinheiro tendo que sair para seguir à linha correta.
Outro detalhe é que, na maioria das estações, o atendimento é automático. Você acessa o computador (tem a opção em inglês), diz para qual estação quer ir, introduz o dinheiro e ele te dá um passe e o troco.
Por último é o fato de que não há um valor fixo dos trens: o preço varia de acordo com a distância percorrida. A corrida mais cara que fizemos foi do centro até as Batu Caves (2,50 MYR).
O passe do metrô geralmente é uma ficha magnética. Use-a para liberar a catraca na entrada e guarde-a para devolver na saída. Se você perder essa ficha terá que pagar 30 MYR.
Pedestres
Apesar do transporte público bom e da educação exemplar da maioria das pessoas, pedestres podem sofrer um pouco. Primeiro porque as ruas são mão inglesa, então demora até você se acostumar a olhar para o lado certo.
Segundo que os motoristas não costumam respeitar faixas de pedestre e nem os sinais de trânsito. Além disso, os semáforos para pedestres nem sempre funcionam como deveriam. Sempre olhe para os dois lados e veja se os carros pararam antes de atravessar.
Onde se hospedar?
O melhor lugar para se hospedar em Kuala Lumpur é a China Town. Este bairro, além de estar a uma pequena caminhada das principais atrações da cidade, ainda conta com uma estação de trem, inúmeros restaurantes e hospedagens bastante econômicas. É aqui que a maioria dos mochileiros fica (embora haja opções de hospedagens mais chiques também).
Nós ficamos no hostel Oasis Guest House (Jalan Petaling, 125), o mais barato que encontramos. Aqui, um quarto de casal com ventilador sai por 40 MYR (34 reais), um com ar por 50 MYR (42 reais) e a cama em quarto compartilhado por 17 MYR (15 reais). É bem simples, mas tem cozinha e está muito bem localizado.
*(Em set/2017 foi criado um imposto de 10 MYR por noite/quarto nos hotéis. Esta lei teoricamente se aplica a todo tipo de hospedagem, mas percebemos que os hotéis econômicos ainda não estavam cobrando).
Se quiser reservar um hotel por lá, pode fazer por aqui:
Booking.com
Outra dica que recomendamos (nem que seja apenas por uma noite) é se hospedar no condomínio Regalia, onde tem a famosa piscina panorâmica com borda infinita. Nós conseguimos um quarto de casal lá por 70 reais.
Leia nosso aqui nosso post completo sobre como se hospedar lá.
Clima
Kuala Lumpur tem um clima quente o ano todo, e também é um lugar onde chove bastante. Mesmo nas estações de seca é bom sair com guarda-chuvas.
Estas chuvas, porém, costumam ser passageiras, não atrapalhando tanto os passeios.
Segurança
Provavelmente a cidade grande mais segura que já visitamos até hoje. Alguns vendedores, inclusive, deixam seus produtos do lado de fora das lojas durante a noite para não terem o trabalho de guardá-los.
É comum ver os turistas com suas câmeras profissionais penduradas no pescoço em todos os cantos.
Vestimentas, mulheres e gays
A Malásia é um país muçulmano, e talvez muitas pessoas (principalmente mulheres) fiquem preocupadas quanto a que roupas devem vestir.
Em Kuala Lumpur, pelo menos, isso não é um problema: ainda que a maioria muçulmana vista-se de maneira conservadora, mulheres turistas e de outras religiões saem na rua tranquilamente com shorts, vestidos curtos e camisetas regatas. Somente para entrar nos templos é que se necessita uma roupa mais conservadora (nos hindus, é preciso cobrir as pernas; nos muçulmanos, além das pernas, é preciso cobrir os ombros e o cabelo). Mas isso não é problema, já que estes lugares empresam saias e túnicas caso você não esteja com a vestimenta adequada.
Homossexuais também não devem se preocupar. Vimos muitos gays (turistas e locais) e travestis andando tranquilamente pelas ruas. Só se deve ser discreto com as relações afetivas (e isso vale tanto para gays quanto para héteros).
O que fazer?
Aqui está a lista das atrações mais legais para se visitar em Kuala Lumpur:
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Torres Petronas
São provavelmente os edifícios mais emblemáticos do país. Tratam-se de duas torres bem altas com uma arquitetura meio futurista. Vale a pena visitar no fim da tarde, para vê-las de dia e de noite.
Embaixo das torres há um pequeno shopping. Atravessando este shopping você chegará a um parque, onde ocorre um show de águas às 20h, 21h e 22h. O show não é imperdível, mas se você estiver por lá este horário vale a pena ver.
É possível chegar facilmente às torres utilizando os ônibus da Go KL.
Se quiser subir ao mirador das torres, custa a bagatela de 85 MYR, e é preciso chegar cedo ou comprar pela internet(www.petronastwintowers.com.my). Dizem que vale mais a pena subir na KL Tower.
As Batu Caves são uma enorme montanha de pedra, cheia de cavernas em seu interior. É um importante destino da religião hindu, e há templos construídos dentro da caverna principal.
Além disso, logo na entrada, há uma enorme estátua de quase 43 metros do deus Murugan (como referência, o Cristo Redentor tem 38m). Não se paga nada para visitar e é fácil de chegar lá usando os trens da KTM Komuter.
Fizemos um post completo sobre as Batu Caves aqui.
Se estiver em Kuala Lumpur entre janeiro e fevereiro, vale a pena ver se sua visita não coincide com o festival hindu Thaipusam.
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KL Tower
É uma enorme torre (a sétima mais alta do mundo) que oferece uma vista panorâmica de Kuala Lumpur. Dá para chegar lá usando os ônibus da Go KL.
Paga-se 52 MYR para subir até a plataforma de observação Se quiser subir mais, é possível ir até o sky deck, uma plataforma a céu aberto (105 MYR). Não subimos.
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China Town
O bairro chinês, onde a maioria dos turistas se concentra. Aqui é possível almoçar de maneira econômica (a partir de 5 MYR), comprar lembrancinhas, artesanato, frutas, comidas típicas e roupas baratas. Por aqui vale a pena dar uma negociada nos preços.
Esta é a região dos hotéis econômicos. É fácil chegar até aqui em trem (estação Pasar Ceni) ou com os ônibus da Go KL.
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Mercado Central
É um mercado onde vendem roupas e comidas típicas, além de lembrancinhas para turistas. Não é o lugar mais barato para fazer compras, mas vale pela diversidade.
Um doce famoso por lá que vale a pena experimentar é o “Putu Bambu”. Custa 3 MYR a caixa.
Está a menos de 5 minutos de caminhada do bairro chinês.
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Mesquita Masjid Jamek
Uma mesquita bastante interessante e aberta para turistas. Vale a pena a visita, principalmente para aqueles que querem conhecer mais sobre o Islã. O pessoal que atente é bastante gentil e conta tudo o que você quiser saber sobre a religião.
Homens e mulheres precisam estar com ombros e pernas cobertos. Mulheres também devem usar um véu para cobrir o cabelo. Mas, se você não estiver com a vestimenta adequada, não se preocupe, pois eles emprestam túnicas, véus, vestidos, etc.
A entrada é gratuita. Está pertinho do Mercado Central e da China Town.
O horário de visitas é de sábado a quinta, das 10h às 12h30min, e das 14h30min às 16h. Sexta não abre.
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Templo Hindu Sri Mahamariammam
Este é o principal templo hindu de Kuala Lumpur, e talvez o mais importante de toda a Malásia. Quase todos os dias o pessoal faz um ritual de lavar as estátuas com água de coco, leite e caldo de cana. Este ritual é acompanhado por muita música.
As únicas restrições deste templo é que as pernas precisam estar cobertas (apesar que homens não costumam ter problemas em entrar de bermuda) e você deve entrar descalço. Os ombros podem estar de fora sem problemas.
No caso das pernas, eles emprestam uma saia na entrada para aqueles que não estiverem de acordo com a vestimenta. Quanto ao calçado, há um lugar onde você pode guardá-los por 20 centavos. Se estiver de chinelos, pode simplesmente deixá-los na calçada que ninguém rouba.
Não se paga nada para visitar, e turistas são bem-vindos a qualquer horário. Está no bairro chinês.
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Casa do Sultão Abdul Samad
Este imenso edifício é, talvez, o mais bonito de Kuala Lumpur. Sua construção terminou em 1897, e serviu inicialmente como sede do governo inglês implantado na região.
Vale a pena visitá-lo também pela noite, pois ele fica com uma iluminação muito bonita.
Está ao lado da mesquita Maskid Jamek, e perto da placa que diz “I Love KL”.
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Mesquita Nacional
Uma mesquita enorme e moderna, a uns 15 minutos de caminhada a partir do bairro chinês. Assim como na Masjid Jamek, aqui turistas também são bem-vindos, e há roupas para emprestar para quem não estiver com a vestimenta de acordo. Não se paga nada para entrar.
O horário de visitação é: 9h às 12h, 15h às 16h e 17h30min às 18h30min. Nas sextas só abre no período da tarde.
Estes foram os principais que visitamos, mas há também uma infinidade de outros templos, parques, praças, museus, feiras, etc. Se você quiser passar 10 dias por aqui, pode ter certeza que encontrará atividades para todos os dias!
É isso, pessoal! Curtiram esta cidade?
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Eita Renan, como sempre informando de forma muito bacana, incluo a esposa também e o mucuvinha para inspirações. forte abraço
Ola, primeiramente obrigado pelas informacoes de viagens no blog.
Estou indo “turistar” na Malasia em agosto(2018). Sei que nao eh necessario visto para brasileiros, mas minha duvida eh com o certificado de vacinação contra febre amarela. Vivo no Japao ha mais de quinze anos e nao tenho esse certificado de vacinação. Na Malasia seria igual a Tailandia,ou seja, antes de passar na imigração, devemos ir ao balcao do “Health Control” e preencher o formulario de isenção do certificado?
Desde ja agradeço pelas informações.
Fala Marcio!
Pode vir tranquilo. Nós nem precisamos passar no “Health Control”. Só de verem que o voo não vem de lugar de risco (África ou América) já é suficiente para não pedirem. Nós viemos das Filipinas e não precisamos apresentar nada.
Abraço!
Tô aqui devorando esse post! Está nos ajudando muito, super obrigada, Renan!
A única coisa ruim é:
NÓS QUERÍAMOS VCS AQUI!
Poxa vida!
Precisamos nos encontrar logo ❤️
Bjao!!!
Não deixem de tomar uma Tiger! Custa um fígado e um rim, mas é muito boa! 🙂
E nós estamos aqui, sem saber direito nossos próximos destinos. Vamos ter que pagar uma cacetada de vistos, aí até demos uma desanimada… quem sabe a gente dá mais um pulo em Bali antes de partirmos para a China! 🙂
Beijão!!