Quer conhecer um lado do Myanmar bonito e ainda pouco turístico? Então reserve pelo menos um dia para visitar Hpa An!
Câmbio oficial (set/2018)
1 real = 373 quiates
1 dólar = 1557 quiates
Hpa An foi a primeira cidade que tivemos a oportunidade de conhecer no Myanmar. Se você pretende vir da Tailândia por terra (ou sair do Myanmar desta forma) é bem provável que acabe parando por aqui. E, se isso acontecer, não perca a oportunidade de alugar uma moto e conhecer todas as belezas dos seus arredores!
Localizada em uma região com uma formação geológica única, esta região contrasta as planícies dos campos de arroz com altas montanhas de pedra, repletas de grutas e cavernas. Em muitas destas grutas estão templos budistas importantes e belíssimos. E o melhor de tudo é que poucos turistas vêm para cá, o que torna a cultura e a amabilidade do povo uma experiência única!
Como chegar?
Hpa An está mais ou menos na mesma altura que Yangon, no outro lado do golfo. Não há trens que chegam até aqui, mas você pode seguir de ônibus para Mawlaymyine (a passagem custa apenas 1500 quiates, e há ônibus a cada 30 minutos) e de lá ir de trem para praticamente qualquer canto do país. Há também ônibus direto para Yangon (em torno de 6 mil quiates).
Para ir ou vir da Tailândia, há táxis coletivos que levam até a fronteira por 10 mil quiates por pessoa. Se quiser saber mais sobre esta travessia, leia nosso post aqui.
Onde se hospedar?
Por não ser muito turístico, há relativamente poucas hospedagens em Hpa-An, e muitas delas estão longe da cidade. Nós recomendamos o Hostel Little Hpa An Boutique, pois está bem localizado, é bem confortável, o pessoal é simpático (e fala inglês!) e tem gerador. O gerador é fundamental, pois em Hpa-An a luz cai com muita frequência e, por conta do calor, é bem difícil dormir à noite sem ar condicionado.
Se quiser reservá-lo ou consultar seus quartos, pode fazer por aqui.
Como passear?
Para conhecer Hpa An o ideal é alugar uma moto. Nós alugamos no hotel mesmo por 8 mil quiates uma scooter automática. Gastamos mais 5500 para encher o tanque, e a gasolina deu e sobrou. Não é preciso ter carteira nem nada para alugar a moto.
Se você não quiser pilotar, pode contratar um tuk tuk para fazer todo o passeio com você. Peça no hotel por indicação de um motorista de confiança e negocie o preço antes.
Conhecendo Hpa-An
Em todo o nosso rolê, rodamos cerca de 90 quilômetros com a moto e levamos o dia inteiro passeando. Visitamos várias grutas, cavernas, templos e plantações de arroz bem interessantes, tudo isso acompanhado por paisagens bem bonitas. Mas o mais legal do passeio não foram os lugares em si, mas poder conhecer este povo humilde e bastante simpático que habita o interior do Myanmar. Cada pequeno povoado que passávamos era uma aula de cultura.
Este foi o rolê que fizemos:
Os lugares onde paramos foi:
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Gruta de Kaw Ka Taung
Kaw Ka Taung é um templo que fica dentro de uma pequena gruta. Dizem que começaram a decorá-lo com estátuas do Buda ainda no século VII. No fundo, um caminho estreito leva a um pequeno altar, protegido por uma grade. Infelizmente as informações estavam todas no idioma local, por isso não conseguimos entender do que se tratava.
Não se paga nada para visitá-lo. Do lado de fora, há uma longa fila de estátuas de monges. Se segui-las e for um pouco mais adiante, chegará a um piscina onde poderá se banhar para se livrar do calor.
Não se paga nada para visitar este lugar.
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Caverna de Saddan
Esta foi a atração mais impressionante de Hpa An, na nossa opinião. Boa parte da estrada para lá é de terra, portanto é possível que o caminho esteja bem complicado caso tenha chovido nos dias anteriores.
Esta é uma caverna bem grande, com várias decorações budistas. Ao fundo, há um caminho que você pode seguir até uma outra abertura. Este caminho possui iluminação bem fraca; portanto, se tiver uma lanterna, leve.
Lemos em vários lugares que era impossível cruzar a caverna na temporada de chuvas, mas nós estivemos por lá em setembro e conseguimos sem problemas. No final do caminho você pode pegar uma canoa para voltar (o preço varia com a quantidade de pessoas, mas fica na faixa de 1500 a 5 mil por pessoa). Se não quiser pagar, pode voltar pela caverna mesmo.
A entrada para Saddan custa 1000 quiates.
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Yae Ta Khon
Seguindo a rota, você chegará ao Yae Ta Khon, um grande piscinão onde a população local vem para se refrescar. Todos tomam banho de roupa mesmo. E, se eu fosse você, faria o mesmo: a água lá é uma delícia! Não se preocupe em molhar a roupa, pois em poucos minutos ela estará seca de novo.
Este é um bom lugar para almoçar. Há uns restaurantes locais por ali que vendem comida barata (e possuem até menu em inglês). Nós comemos um prato de macarrão com frango por 1500 quiates.
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Lumbini Garden
Este é um jardim com centenas de estátuas do Buda. Ao fundo da rota, dizem que há um monastério e um mirante.
Nós não chegamos a entrar porque achamos a entrada para estrangeiros bem cara (4 mil quiates por pessoa), mas o rapaz nos deixou darmos uma olhada no jardim de graça.
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Kyauk Ka Lat
Neste local há dois templos: um com uma arquitetura bem bonita, e outro em cima de uma pequena montanha de pedra. É possível visitar os dois gratuitamente. Não entendemos exatamente qual dos dois é o Kyaut Ka Lat.
Dentro do templo da pedra não é permitido tirar fotos.
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Gruta de Yathaypyan
Outra gruta com um templo dentro. Quando nós chegamos, já estava tarde e estava escuro demais lá dentro para entrar, mas valeu ver tudo do lado de fora mesmo.
A entrada para a gruta custa 3 mil quiates (não paga nada para olhar do lado de fora).
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Gruta de Kawgun
Outra gruta dentro da caverna. Não chegamos a visitá-la. A entrada custa 3 mil quiates.
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Bat Cave
Nesta caverna, repleta de morcegos, rola um pequeno show no fim da tarde: o pessoal bate os tambores para que os morcegos saiam para comer.
A Bat Cave é um tanto difícil de encontrar, pois fica em uma estradinha de pedra, escondida em uma pequena vila. Recomendamos usar o aplicativo Maps.Me que mostra o local com bastante precisão.
Nós fomos até lá, mas não conseguimos chegar até a gruta. Chega um ponto que tem que entrar no rio. Talvez, em tempos de seca, seja possível ir caminhando, mas aparentemente na nossa visita era preciso pegar um barco (e não tinha nenhum por lá).
Há uma bilheteria dizendo que a entrada custa 1000 quiates, mas parecia abandonada. Também não vimos nenhum turista por lá. Talvez não estejam mais visitando este lugar.
Quanto ao horário da saída dos morcegos, as informações também não se encaixavam: lá dizia que era às 17h30min, mas em todos os lugares diziam que era às 18h30min.
Dizem que é possível ver os morcegos de graça a partir de uma ponte que tem ali perto. Nós até pensamos em ir olhar de lá, mas caiu uma tempestade e tivemos que ir embora.
É isso, pessoal! Note que todos estes lugares são sagrados, portanto é preciso estar vestido de acordo (calças compridas e camisa cobrindo os ombros). Se você tiver uma canga, pode ir de shorts e amarrá-la à cintura quando for entrar nas cavernas ou nos templos.
Também é necessário entrar descalço nestes lugares (inclusive nas grutas).
Aqui está um vídeo mostrando um pouco mais sobre o passeio:
Não deixem de ler nosso post completo com todas as dicas para viajar pelo país:
Para mais dicas bacanas, não deixem de nos acompanhar por nossas redes sociais:
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Pessoal. Somente um dia pra fazer isso está bom?
Opa, 1 dia é suficiente sim. Nós saímos por volta das 10h da manhã e, se não fosse o plano frustrado de ver o pôr do sol, teríamos terminado tudo por volta das 17h.
Estamos indo pra lá hoje a noite! Vamos seguir todas as dicas 🙂
Bom passeio!! 🙂
Como foi um dos lugares menos turísticos que visitamos no Myanmar, achamos o povo lá bem bacana!!