Para quem quer viajar entre estes dois países sem gastar com avião, aqui contamos como foi nossa travessia.
Câmbio oficial (dez/2018)
1 real = 2200 kips (dinheiro do Laos)
1 dólar = 8550 kips
1 real = 5955 dongs vietnamitas
1 dólar = 23250 dongs
22h de viagem. Esse foi o tempo que levou nossa viagem desde a capital do Laos até a cidade de Hue, no Vietnã. Além de cansativo, ainda tivemos a primeira dor de cabeça em fronteiras: fomos parar na temível “salinha”. Mas no fim das contas deu tudo certo, e agora estamos desfrutando do melhor que o Vietnã tem a oferecer!
Comprando a passagem
Os ônibus para o Vietnã saem do “terminal sul” de Vientiane (que por acaso fica no norte da cidade).
Se você quiser ir até lá, há ônibus locais que fazem o trajeto do terminal ao centro por 6 mil kips. Um tuk tuk te cobrará algo em torno de 8 dólares.
Mas nós encontramos uma agência no centro que vendia as passagens pelo mesmo preço cobrado no terminal, e ainda incluíam o transporte gratuito até lá. Não lembramos o nome da agência, mas ela ficava dentro de um hotel, na rua Samsenthai, entre a Nokeokoummane e a Hengbounnoy. Pagamos 180 mil na passagem (as outras agências vendiam por 210 mil).
Indo para o terminal
Fomos para a agência às 16h30min esperar o transporte. Logo um veio nos buscar. Era um veículo particular mesmo, e levou apenas nós dois.
Chegamos ao terminal pouco depois das 17h e, para nossa surpresa, nosso motorista saiu na hora buscando passagem. Mas não teve problema: havia muito ônibus e muita vaga. Acabamos nos acomodando em um ônibus cama (daqueles que o banco é tão inclinado que só dá para ir deitado). Lemos muita gente reclamando que estes ônibus são complicados para quem é alto. Eu tenho 1,77m de altura e fui bem, mas acho que se fosse um pouquinho mais alto teria dificuldades para caber.
O ônibus estava carregado de mercadorias. Não cabia mais nada nos bagageiros, e nossa mochila foi na parte de dentro mesmo, no corredor. Partimos às 18h30min.
Viagem até a fronteira
A viagem até que foi tranquila e conseguimos dormir bem. Paramos por volta das 23h para jantar (30 mil kips por pessoa). Tinha que comer correndo, pois em menos de 15 minutos o ônibus já estava buzinando para seguir viagem. Em algum ponto deste caminho o pneu furou, mas conseguiram arrumar rapidinho.
Acordamos por volta das 6h da manhã em uma espécie de controle de alfândega. Ali ficamos pelo menos 1 hora, então seguimos mais um pouco até a fronteira.
Na fronteira descemos com nossas mochilas para fazer a imigração. Deveríamos cruzar a pé e pegar o ônibus do outro lado.
O ônibus nos deixou a cerca de 1 quilômetro antes da fronteira. Podia ir caminhando ou pegar um carro elétrico (5 mil kips por pessoa).
A fronteira
Os trâmites de imigração dos dois países são feitos no mesmo prédio. Os dois guichês são vizinhos inclusive.
É importante lembrar que você já precisa ter o visto do Vietnã. Caso ainda não tenha tirado, leia nosso post sobre como tirá-lo no Laos:
Com visto em mãos, o processo deveria ser bem rápido: só carimbar a saída do Laos e a entrada do Vietnã. Nem fichas de entrada precisa preencher. Em menos de 15 minutos todos os passageiros do nosso ônibus já haviam feito a imigração.
Todos, menos nós. Deu erro na nossa entrada e nossos passaportes foram levados para uma salinha. Ali tiraram fotos, revisaram computadores, passaram vários scanners e nada. Fomos chamados lá e nos explicaram que nossos dados não estavam batendo. O pessoal era solícito, mas quase não falavam inglês, o que dificultava bastante. Mobilizaram uns dez oficiais, levaram nossos passaportes para outro lugar, pediram mais documentos e nada. O sistema do Vietnã se recusava a nos aceitar.
Foi só depois de mais de 1 hora de espera e investigações que descobriram o problema: nosso passaporte começa com as letras FO, e o scanner estava lendo a letra “O” como se fosse um “zero”. Resolvido isso, estávamos livres para entrar no país.
Saímos da imigração, entramos no Vietnã e nada do ônibus. Imaginamos que já tivesse partido sem nós. Então encontramos uma van que levava até Hue. Não tínhamos dinheiro do Vietnã, e nesta fronteira não há nem casas de câmbio e nem caixas eletrônicos. Mas a van aceitava dólares: 7 por pessoa. Parecia bom, então topamos.
Entramos na van e partimos. Rodamos uns 100 metros e vimos o pessoal do nosso ônibus sentado em um posto de gasolina. Pedimos para descer e demos 2 dólares ao motorista pelo inconveniente (ele já havia nos dado água e tudo mais). Sem problemas: nós ficamos felizes de economizar 12 dólares e ele ficou feliz de ganhar 2 dólares por uma viagem tão curta. Tudo certo.
Viagem até Hue
Nosso ônibus ainda demorou para chegar. Apareceram umas mulheres oferecendo câmbio, mas elas não falavam nada de inglês. Entreguei os kips que tínhamos e elas nos deram dongs por uma cotação péssima. Reclamamos e nos deram um pouco mais. Continuamos reclamando e elas continuaram nos dando mais dinheiro, até que chegamos em um valor que estava bom para os dois lados.
Nosso ônibus chegou ao meio-dia. Subimos e ele ainda ficou enrolando pela cidade da fronteira até depois das 13h. Foi só então que finalmente pegamos a estrada.
Por volta das 16 horas chegamos a Hue. Ou melhor, quase chegamos a Hue. O ônibus seguia para Da Nang, mais ao sul. Como nós éramos os dois únicos passageiros que queriam ir para Hue, o motorista ficou com preguiça de entrar na cidade e nos largou numa rotatória a uns 10 quilômetros de distância. Quando percebemos, nossas malas já estavam na rua e o motorista berrando para que descêssemos. Reclamamos que pagamos até Hue e que não tínhamos dinheiro nem para pegar um táxi até lá. O motorista nos deu 100 mil dongs e nos mandou descer. Não sabíamos se aquele dinheiro seria suficiente ou não, mas decidimos sair antes que o motorista resolvesse partir e deixar nossas malas lá fora.
Bom, o dinheiro não era suficiente. Um táxi parou e quis nos cobrar 200 mil para nos levar até o centro. Oferecemos os 100 mil, mas não teve acordo. Então cruzamos a rotatória e decidimos tentar carona. Foi bem mais fácil do que imaginávamos: antes mesmo de começarmos a estender o braço, um ônibus vazio passou e se ofereceu para nos levar. Perguntamos quanto custava e o motorista disse: “no money, no money”. E ele ainda nos deu água.
Ficamos um bom tempo na dúvida se havíamos entendido certo (afinal, pelo que nos disseram, tudo no Vietnã funciona na base do dinheiro). Mas foi grátis mesmo, e ele ainda nos deixou pertinho do nosso hotel.
E assim encerramos esta interminável viagem! Apesar dos perrengues, nossa primeira impressão do Vietnã foi excelente. Tomara que continue assim!
Aqui está um vídeo mostrando como foi toda a travessia:
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