Ainda que pouco comum entre viajantes, esta fronteira é caminho entre dois lugares muito famosos: Tikal (Guatemala) e Palenque (México). Aqui contamos como foi cruzar por lá!
Câmbio oficial (jul/2017)
1 real = 5,50 pesos mexicanos
1 dólar = 17,55 pesos mexicanos
1 real = 2,30 quetzales
1 dólar = 7,31 quetzales
E finalmente chegamos ao tão sonhado México, nosso 15° país!
A fronteira que cruzamos foi esta:
Cruzá-la nos deixou com um certo receio, por vários motivos:
Primeiro que não encontramos praticamente informação nenhuma sobre viajantes nesta região. Apesar de Tikal ser um importante destino turístico na Guatemala, a maioria das pessoas prefere seguir por Belize, em vez de cruzar diretamente pelo México.
Segundo que as fronteiras da Guatemala com o México são cheias de história: de que são dominadas por narco-traficantes, que o México enche o saco de quem quer entrar lá, que os oficiais da Guatemala pedem suborno, que existe um muro separando estes dois países e tudo mais. Puras lendas: pelo menos em El Ceibo, não corremos perigo nenhum, fomos muito bem atendidos em ambos os países e não vimos nenhum muro à la Trump.
Também estávamos um tanto preocupados porque não sabíamos ao certo para onde ir no México, mas ao final que deu tudo certo. Abaixo damos todos os detalhes!
Santa Elena de Flores -> El Ceibo
Flores é a cidade base para quem quer conhecer Tikal. De lá partem ônibus regulares que vêm e vão da fronteira com o México. Também existem serviços de shuttle que te levam diretamente para Palenque.
Como os ônibus desta região da Guatemala são famosos por quererem cobrar mais caro de turistas, passamos um dia antes para confirmar o preço. Um rapaz nos disse que era 45 quetzales.
No dia que fomos lá, pagamos as duas passagens com uma nota de 100 (pouco menos de 50 reais) e não recebemos troco. Como vimos que as outras pessoas também estavam pagando 50, não reclamamos. O shuttle direto custava 220 quetzales.
A viagem, apesar de ser curta, durou umas 4 horas. Bem perto da fronteira, descemos do ônibus (pois ele seguia para outro lugar) e mudamos para uma van. Esta nos levou até a fronteira (não tivemos que pagar pelo transbordo).
Cruzando a fronteira
Esta fronteira é bem organizada, e fácil de ser cruzada a pé. Ali trocamos com um cambista nossos quetzales por pesos mexicanos a uma cotação de 2,35.
É preciso ficar esperto para não passar direto pela oficina de imigração da Guatemala, que fica do lado esquerdo, sobre umas escadas. Não está muito bem indicada, mas é só perguntar para o pessoal que vão te informar certinho.
Na saída da Guatemala, tudo tranquilo. Não pediram nada de dinheiro e foram muito simpáticos. As únicas conversas que tivemos foi sobre Roberto Carlos e sobre a condenação do Lula (nos contaram que o presidente da Guatemala estava preso).
Andamos mais uns 100 metros e chegamos à imigração mexicana. Lá, para nossa surpresa, descobrimos que teríamos que pagar 500 pesos (algo como 100 reais) por pessoa para entrar no país. Já sabíamos desta taxa, mas achávamos que só teríamos que pagar na saída. Mas fomos informados que, se não pagássemos agora, só nos dariam 7 dias de visto.
Vimos que era uma taxa oficial, de pagar no banco e tudo mais, por isso não reclamamos. Falaram que, pagando agora, não teríamos que pagar nada na saída, desde que mostrássemos os comprovantes.
Fomos até o banco (que fica na própria imigração) para pagar. O problema é que não tínhamos dinheiro mexicano suficiente e lá não tinha caixas eletrônicos. Também não aceitavam dólares. Tentamos pagar no cartão de débito e não passou. Acabamos tendo que pagar no crédito mesmo (que só usamos em último caso).
Tudo resolvido, voltamos para a imigração e carimbaram nossa entrada. Mais uma vez, todos muito simpáticos, curiosos sobre o Lula e fãs do Roberto Carlos. Nos deram 180 dias de visto.
Dali passamos por duas revistas nas mochilas (uma atrás de alimentos e outra atrás de contrabando). Confiscaram nosso leite em pó, mas deixaram passar pão, aveia, chocolate, pimenta e mais alguns temperos que tínhamos.
E então estávamos oficialmente no México!
El Ceibo – Palenque
Do outro lado da fronteira havia uma parada de ônibus, mas acabamos encontrando um senhor de uma agência de turismo que disse que nos levaria a Palenque pelo preço do ônibus (150 pesos mexicanos). Não sabemos se o ônibus custa isso ou não, mas acabamos aceitando.
O deslocamento durou cerca de 4 horas, contando 1h30min de parada para almoçar.
Em Palenque, nos deixaram em uma zona muito turística, cheia de hotéis e hostels de todos os tipos. O mais barato que encontramos se chamava Posada los Angeles e cobrava 250 pesos mexicanos em um quarto de casal.
Resumindo
- Flores -> Fronteira: 50 quetzales, 4 horas
- Fronteira -> Palenque: 150 pesos mexicanos, 2h30min (mais 1h30min de parada para almoço)
Taxas:
- Entrada ou saída da Guatemala: grátis
- Entrada no México: 500 pesos mexicanos. A saída não precisa pagar, desde que tenha o comprovante do pagamento de entrada em mãos.
Se você chegou ao México em avião e pretende sair por esta fronteira, é bem provável que a companhia aérea já tenha te cobrado esta taxa. Neste caso, apresente os comprovantes dos boletos aéreos para ficar livre da cobrança.
É isso pessoal! Esperamos ter esclarecido as dúvidas que quem pretende viajar por aí.
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Que maravilha que deu tudo certo, gente!
Estamos aqui ansiosos pelas dicas e torcendo para que vocês aproveitem ao máximo esse novo país!
Beijos
Boa tarde pessoal!
Estou no mexico e pretendo descer de mochila até o chile e depois passar pelo salar de Yuni na Bolivia ate chegar no Brasil!
se vcs puderem dar algumas dicas de como realizar esse trajeto, agradeceria muito!
a principio vai eu e mais duas amigas e na Colômbia encontrar uma outra amiga!
meu email [email protected]
desde ja agradeço pela atenção!
Fala Gabriel,
O caminho é bem tranquilo, não tem muito segredo não. Se quiser dar uma olhada no roteiro que fizemos, pode ver aqui:
tripline.net/trip/Nossa_volta_ao_mundo-7730340117101011B90397F66D382642
Só tem que ficar atento para cruzar do Panamá para a Colômbia. Não tem estrada, e as opções são barco ou avião. Se for de avião, eles exigem passagem de saída do país (mesmo que você vá sair de ônibus). Já vimos bastante gente perder a passagem por conta disso.
Fica atento também nas fronteiras que cobram da América central (Honduras, Nicarágua, Costa Rica). No México, se não chegar de avião, cobram também. Procure chegar com dinheiro trocado porque os caras gostam de dar o migué que estão sem troco.
Abraço e boa viagem!!
Primeiro, parabéns pelo site. Há um ano iniciei minha viagem de volta ao mundo, e este blog tem sido companheiro inesgotável de boas dicas e informações. Estou na Guatemala agora e devo passar para o Mexico nessa mesma fronteira. Dúvida: pediram algum tipo de documento, tipo, seguro saúde, passagem de saida etc? Desde já, obrigadão! Mandem um salve ao Mucuvinha!
Fala Milton!
Muito obrigado, nos alegra que nossas dicas estejam ajudando!
Não pediram nada na fronteira, só passaporte mesmo e pagar a taxa de entrada no México.
Boa viagem!!
Abração
Vou pro México e pretendo visitar a Guatemala(a partir de San Cristobal) e voltar para Palenque. Será que há algum modo de não pagar esta taxa duas vezes? Pelo que pesquisei esta taxa é na verdade de saída, já está embutida na passagem aérea de volta ao Brasil. Porém como vou sair e entrar de novo, provável que me cobrem duas vezes.
Pior é que eu não sei como funcionaria. No caso, pelo que entendi, você tem direito a ficar até 7 dias no México sem pagar esta taxa. Poderia ver de planejar a sua volta da Guatemala no máximo 7 dias antes do seu voo de volta para o Brasil, aí acho que não precisaria pagar a taxa outra vez.
Olá tudo bem?
Amigo tenho uma dúvida se você pode me ajudar, vou fazer esse caminho inverso por que não se pode cruzar por Belize ( Covit)
Tem ônibus da ADO até Tenosique de de pino Soares que fica entre Palanque e el Ceibo.
Mas não encontrei muita informação sobre transporte a partir daí, você sabe algo sobre transporte até a fronteira e da fronteira até flores ?
Muito obrigado!