Aqui contamos como foi cruzar uma das fronteiras mais tranquilas que já passamos.
Apesar de oficialmente já fazer parte da China, Hong Kong ainda mantém sua independência. Essa situação deve permanecer até 2047, quando a cidade finalmente será integralmente unificada ao país.
Portanto, é preciso fazer imigração para cruzar da chamada “China Mainland” para Hong Kong. Brasileiros, por exemplo, precisam de visto para visitar a China, mas não para Hong Kong.
A cidade chinesa que faz fronteira com Hong Kong é Shenzhen. A fronteira entre essas duas regiões costuma ser bem movimentada, já que há muitos chineses que vivem em um lugar e trabalham no outro. Além disso, muitos fazem bate-volta para fazer compras em Hong Kong.
Shenzhen
Há duas fronteiras em Shenzhen. A mais popular (e a que usamos) fica perto do “Terminal de Trem Shenzhen” (não confundir com o terminal de trem “norte”). Caso você chegue pelo terminal norte (ou por qualquer outro), não se preocupe: há metrôs que levam para o terminal da fronteira.
Uma passagem de metrô entre o “Terminal Norte” e o “Terminal de Shenzhen” custa 6 yuan (pouco menos de 4 reais).
Saindo da China
A partir da estação de trem de Shenzhen é só ir seguindo as placas. Você chega caminhando até a imigração. Peça ajuda se necessário (o povo aqui costuma falar inglês). Você verá filas enormes, mas felizmente a fila para estrangeiros é diferente da fila usada por chineses (a dos estrangeiros fica no andar de baixo inclusive). Nós não demoramos nem 20 minutos na fila.
É preciso preencher uma ficha de saída da China com uns dados básicos. Há também uns computadores onde você deve tirar as digitais antes de ir para a fila, mas nós tentamos usá-los e dava erro.
Do lado chinês (mainland) foi tudo tranquilo e não nos perguntaram nada, apenas pegaram nossos passaportes e carimbaram a nossa saída.
Entrando em Hong Kong
A “China Mainland” é separada de Hong Kong por um rio. Você cruza a pé por uma ponte (a ponte é fechada, com ar-condicionado e tudo).
Do lado de Hong Kong é a mesma coisa: filas longas para chineses e uma fila curta para estrangeiros. Não esqueça de pegar uma ficha de entrada para preencher. Nesta ficha eles perguntam as informações básicas do passaporte e onde você vai se hospedar.
A entrada também foi bem tranquila e também não nos perguntaram nada. Hong Kong não carimba o passaporte, mas entrega um comprovante, caso você precise. Guarde o papel destacado da ficha de entrada, pois vai precisar apresentá-lo na saída.
Durante o processo de imigração tivemos que passar as mochilas no raio x, mas isso foi tudo. Não houve revista de bagagens nem nada do tipo.
Logo depois da imigração há caixas eletrônicos para sacar dinheiro de Hong Kong (que é diferente do dinheiro usado no restante da China). Também há casas de câmbio dos dois lados (recomendamos trocar um pouco de dinheiro do lado “mainland”, pelo menos o suficiente para pagar o metrô). Note também que os caixas eletrônicos emitem apenas notas de 100 e de 500, e o troco máximo que o metrô dá é de 50.
O metrô está logo na saída da imigração. Você pode comprar a passagem nas máquinas de auto-atendimento (elas têm menus em inglês) ou enfrentar fila e comprar nos guichês. Este foi o metrô mais caro que já pegamos em nossas vidas: cada passagem custou 47 dólares de Hong Kong (algo como 24 reais) para ir até o centro (o preço da passagem é proporcional à distância percorrida). Mas, terminado isso, você já está livre para conhecer os enormes arranha-céus desta cidade.
Voltando para a China
Passamos apenas um dia em Hong Kong para estender nosso visto. A volta para a China foi igualmente tranquila: só fazer o mesmo caminho ao contrário. Imaginamos que a China tivesse talvez um controle mais rigoroso, mas que nada: sem perguntas, nem revista de bagagens, nem nada. Apenas conferiram nossos passaportes e nossos vistos.
É isso, pessoal! Para mais dicas bacanas, acompanhem-nos em nossas redes sociais:
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Boa tarde,
Quais equipamentos tu usa? Entre câmeras, etc…
Se tiver algum post sobre isso, por favor me informe.
Obrigado. =)
Fala Simon!
Nós escrevemos este post assim que saímos de casa:
https://mundosemfim.com/viagem-de-volta-ao-mundo-o-que-levamos-na-mochila/
De lá pra cá mudamos algumas coisas: compramos uma GoPro 6 (a Nikon ainda é a mesma), trocamos os sacos de dormir por sacos que aguentam até -12 graus. Trocamos o computador e o tablet também porque os antigos queimaram pelo caminho.
No nosso canal do YouTube tem um vídeo onde abrimos as mochilas e mostramos o que levamos. Não consigo copiar o link aqui porque o YouTube é bloqueado na China, mas se você procurar por “O que levamos na mochila?” deve aparecer nosso vídeo.
Abraço!
Vlws, amigo, irei procurar sim.
Obrigado.
Parabens pelo site, bem mais detalhado que os videos. Voces sao corajosos hein. cada fronteira punk.