Pertinho de Huaraz está o imenso glacial Pastoruri, que compete com a Laguna 69 como o destino mais procurado da região. Toda esta beleza está se derretendo; portanto, venha logo, antes que acabe!
Depois de termos deixado a Patagônia para trás, não imaginávamos que nos surpreenderíamos com outro glacial enquanto ainda estivéssemos pela América do Sul. Estávamos enganados: eis que, pelas cordilheiras peruanas, nos deparamos com o Pastoruri, um monstro de gelo que compete diretamente com o Perito Moreno (Argentina) e o Grey (Chile).
Não importa se você já viu outros glaciares ou não: se estiver viajando pela região de Huaráz, este é um passeio obrigatório. E não dá para adiar muito não: alguns estudos indicam que todo esse gelo deve desaparecer em menos de 15 anos por conta do aquecimento global. O que está esperando para arrumar as malas?
Como chegar
Se não tiver seu veículo particular, a melhor maneira de chegar ao Pastoruri é contratando uma excursão em Huaráz.
O glacial está dentro do Parque Nacional Huascarán, a uma distância de aproximadamente 70km do centro de Huaráz, e está a uma altitude que beira os 5000 metros sobre o nível do mar.
Os tours completos levam em torno de 7h, com algumas paradas no caminho.
Da base onde a van te leva até o glacial há uma caminhada de pouco mais de 3km, contando ida e volta. Vimos algumas pessoas comentando em fóruns e até mesmo blogs dizendo que esta caminhada é ridiculamente fácil. Mentira! Não sei se dizem isso para se exibir ou o quê, mas isso acaba prejudicando outros viajantes. A caminhada seria fácil se fosse ao nível do mar, mas a 5 mil metros de altitude tudo é mais difícil. Algumas pessoas podem superar bem a altitude, mas é comum pessoas passarem mal ou até mesmo não conseguirem chegar até o glacial. Se sentir muito cansaço ou dor de cabeça, considere a possibilidade de alugar um cavalo para chegar ao glacial.
Quanto custa?
Os tours para o glacial giram em torno de 30 e 40 soles. O mais barato que encontramos foi com a Romero Tours, que nos fez por 25 soles depois de uma chorada.
A entrada ao parque Huascarán custa 10 soles para a visita de 1 dia. Se for fazer trilhas de vários dias ou visitar outras partes do parque, pode valer a pena comprar um ticket de 65 soles, que te dá direito a entrar no parque por 21 dias.
Se quiser subir ou descer de cavalo, custa 7,50 soles o trecho.
O banheiro no parque custa 1 sol.
Se for almoçar (o almoço geralmente não está incluído), os pratos no restaurante que os ônibus param custam entre 20 e 30 soles.
O que levar?
A temperatura no glacial pode ser bem inferior a de Huaráz, portanto leve bastante roupa de frio (incluindo luvas e touca). Quando fomos, não fazia tanto frio assim, e acabamos deixando tudo na van. Mas tudo bem, é melhor não arriscar.
Os tours costumam sair às 9h da manhã e voltam pouco depois das 17h, fazendo uma parada para o almoço na volta – isso é, lá pelas 16h. Leve algum lanche para aguentar. Se quiser economizar, deixe para almoçar (ou jantar) quando chegar a Huaráz, pois fica muito mais barato que comer no restaurante onde as excursões param.
Leve também protetor solar e labial.
O tour
Saímos de Huaráz às 9h30min, rumo ao sul, e logo paramos no restaurante para quem quisesse comer alguma coisa ou tomar um chá de coca. Nesta parada também se comprava o ticket para reservar o almoço para a volta (opcional).
Desde aí, seguimos mais uns poucos quilômetros e desviamos da estrada principal para entrar no parque, onde pagamos a entrada e a paisagem se tornou espetacular.
Fizemos uma pequena parada em uma fonte natural de água com gás, tendo a cordilheira branca como plano de fundo. Esta água, apesar de natural, era rica em chumbo, o que a tornava imprópria para o consumo humano.
Depois de uns 20 minutos de fotos, seguimos para nosso próximo destino, a Lagoa de 7 Cores. Aqui fizemos uma pequena caminhada, tanto para avistar a lagoa quanto para conhecer uma planta chamada puya, nativa dos andes e que está em risco de extinção.
Esta planta chega a ter cerca de 17 metros de altura, vive pouco mais que 50 anos e pode ter mais de 400 flores. Frutifica apenas uma vez em todo o seu ciclo de vida. O interessante é que você vai perceber que várias delas estão queimadas – parece que alguém as queimou, mas não foi. Depois de mortas, elas secam com o sol e se queimam até virar pó, dando assim espaço para que outra possa nascer em seu lugar.
Depois de todas as explicações dadas pelo guia, voltamos para a van seguimos em fim ao glacial, onde chegamos por volta das 12h30min. A partir do ponto de parada do ônibus, teríamos que caminhar 1800 metros, em uma subida leve, até a geleira.
Nosso guia nos deu 1h40min para percorrer a região, estimando que demoraríamos 50 minutos para subir, 20 minutos para apreciá-lo e 30 minutos para descer. Sofremos um pouco, mas conseguimos percorrer tudo em cerca de 1h30min.
A maior parte deste caminho pode ser feita a cavalo. Caso se sinta muito cansado nos primeiros metros, considere a possibilidade de alugar um (nem que seja só para subir; a descida é mais fácil).
No fim do caminho, a visão que temos é fantástica: o imenso paredão de gelo atrás da pequena lagoa parece de mentira.
O circuito ali faz um O, passando por um mirador e chegando bem perto do gelo, onde se pode tocar a água e até alguns pedaços de gelo que flutuam pelo lago. Antes era permitido entrar em um dos túneis do glacial, mas agora já não se pode mais. Mas tudo bem: chegar perto já é gratificante.
Na volta, paramos no restaurante para almoçar. Nós, como bons mãos-de-vaca, ficamos do lado de fora e almoçamos os sanduíches que levamos.
Chegamos a Huaráz pouco antes das 18h.
Dicas
- Leve roupa de frio, mesmo que faça calor em Huaraz.
- Procure não fazer este passeio no primeiro dia, pois a altitude elevada pode te fazer passar mal.
- Tome bastante água em todo o caminho – isso é ótimo para evitar os males da altitude.
- Leve algum lanche para comer no caminho. Tente levar também chocolate para ajudar na caminhada.
- Se sentir que começa a passar mal, suba até o glacial de cavalo. Melhor gastar uma graninha a mais do que perder o passeio.
É isso pessoal! Curtiram o passeio?
Conheça mais destinos na região de Huaraz aqui.
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Demais essa Glacial, deve ter sido muito foda essa passeio. Essa região do Peru deve ser muito massa!
É impressionante mesmo, nos sentimos de volta à Patagônia!
Fala Renan, estou seguindo vocês por alguns países da América do Sul, gostaria de uma dica para Huaraz, pretendo pegar o ônibus noturno de Lima para Huaraz e economizar na hospedagem, geralmente o ônibus chega em Huaraz as 6 ou 7h da manhã, eu consigo comprar o passeio para Pastoruri para sair as 9h do mesmo dia?
No dia seguinte pretendo fazer a laguna 69.
Olá William!
Dá pra fazer sim. Os tours começam a sair a partir das 8h para o Pastoruri. Na frente da Plaza de Armas está a avenida Fitzcarrald. Caminhe por ela para o norte pelo lado esquerdo. Acho que já na primeira quadra você deve encontrar um túnel onde vendem artesanatos. Atravesse o túnel e vai chegar em um estacionamento de ônibus. Ali tem várias agências e o pessoal vendendo as últimas vagas nos ônibus que estão saindo. Passe por lá logo que chegar em Huaraz e com certeza vai conseguir alguma coisa. Se não tiver reserva em hotel, por ali há alguns econômicos também!
Muito obrigado.
Sobre a hospedagem, eu consegui um preço muito bom no hostel El Jacal Classic, o preço ficou dentro do orçamento e até mais em conta do que o hotel que você sugeriu aqui na página, mandei uma mensagem para eles (Ebony) e quem me respondeu foi o Jorge Ramirez, que por sinal, muito atencioso.
Valeuuu pelas dicas.
Beleza rapaz!!
No que precisar, tamo ae!!
Boa tarde, tenho que escolher um só passeio entre Laguna 69 e Pastoruri pq não terei tempo de ir aos dois. Qual é mais imperdível?
Fala rapaz!
Nós sinceramente gostamos mais da Pastoruri do que da 69, mas o pessoal geralmente gosta mais da 69. Acho que a lagoa não nos chamou muito a atenção porque fizemos muitas trilhas na Patagônia para ver lagoas parecidas.
Mas, se é a sua primeira vez nos Andes, talvez a 69 seja mais legal.
Note que a 69 é bem mais sofrida que a Pastoruri. Se você ainda não tiver aclimatado com a altitude, melhor ficar com a Pastoruri. Muita gente faz o tour para a 69 e não consegue chegar até ela!
Abs,
pois se vc preferiu Pastoruri vou pra lá! Obrigado camarada
Pode ir que vai curtir!! 🙂
Ola.
Queremos fazer a viagem Lima – Huaraz durante o dia, dormir a primeira noite lá, será que no dia seguinte dá para conhecer o Pastoruri e voltar até umas 16:00, pois vamos dormir perto de Yungay e queríamos chegar lá antes de escurecer.
Parabéns pelo Post.
Cleber.
Olá Cleber,
Os tours voltam mais ou menos todos no mesmo horário (entre 17 e 18h). A não ser que vocês pensem em fazer um tour particular, aí dá tempo de sobra.
Mas Yungai não é longe. Acredito que, se voltarem do tour e já correrem direto para pegar o transporte para Yungai, vão conseguir chegar lá com um pouco de luz ainda.
Boa viagem!