Aqui contamos como foi nossa experiência cruzando a fronteira do Vietnã para a China.
Estávamos um pouco tensos com esta fronteira, já que pouca informação se encontra na internet, e o Google Maps ainda mostra esta região tudo bagunçada:
Mas foi bem tranquilo.
Chegando a Lao Cai
Para começar, é preciso chegar a Lao Cai, uma cidade vietnamita tranquila, mas que não tem nada para fazer.
Se você vem de Hanói, pode pegar um ônibus (cerca de 5h, passagem em torno de 200 mil) ou um trem. As estações (tanto de trem quanto de ônibus) ficam a uns 3 quilômetros da fronteira. Dá para ir caminhando (45 minutos) ou pegar um táxi. Use o Maps.Me para se orientar, pois o Google Maps mostra tudo errado.
Se você vem de Sapa (um destino turístico bastante interessante no norte do Vietnã) basta pegar um dos frequentes ônibus para Lao Cai. A passagem custa 30 mil e a viagem leva uns 40 minutos. Avise o motorista que você vai para a China que ele te deixará em um ponto a 500 metros da fronteira.
Trocando dinheiro
Não há casas de câmbio nesta fronteira, mas há cambistas dos dois lados que trocam dongs vietnamitas por dinheiro chinês. Procure ver antes quanto vale a troca no câmbio oficial para evitar enganação.
Nós entramos em uma agência de turismo que havia a uns 100 metros da fronteira e perguntamos se eles trocavam dinheiro. Eles trocaram para nós no câmbio oficial.
Se você quiser trocar dólares, é melhor deixar para trocá-los nos bancos da China.
Saindo do Vietnã
Procure à sua esquerda o prédio da imigração do Vietnã. Aqui você deve entrar pela saída (“exit”), já que você está saindo do país. É meio estranho isso e todo mundo se perde.
Bem na hora que chegamos parou um ônibus cheio de chineses. Achamos que ia formar uma fila gigantesca, mas sei lá o que aconteceu com eles. Sei que quando entramos no prédio já não havia mais ninguém. Em menos de 5 minutos carimbaram nossa saída.
Atravessamos o prédio e saímos na ponte, que atravessamos caminhando. Há um certo movimento de pessoas indo e vindo com mercadorias (pelo que lemos, Hekou é uma zona livre de impostos).
Entrando na China
A entrada na China foi um pouco caótica, com muita gente e filas enormes. Preenchemos a ficha de entrada no país e fomos para a fila de estrangeiros. Havia muitos chineses por ali (eles procuram a fila menor, não importa se ela é para locais ou estrangeiros), e eles furam fila sempre que têm a oportunidade (e os vietnamitas que estão cruzando também não ficam atrás). Nós andávamos na fila com os braços abertos para que ninguém tentasse nos passar. Mas alguns conseguiam.
Apesar de caótica, a fila andou rápido. As únicas perguntas que o oficial de imigração nos fez foi para qual cidade iríamos depois de Hekou e quanto tempo pretendíamos ficar na China. E o mais interessante é que o computador que pega nossas digitais e tira nossas fotos veio com instruções todas em português!
Aqui algo deu errado com o passaporte da Michele e ela foi chamada para um balcão à parte, mas a situação foi resolvida logo em seguida. Nem entendemos o que aconteceu.
Feita a imigração, passamos as mochilas em um raio-X e pronto. Já estávamos em Hekou!
-
Lembrando que para ir à China é preciso ter visto. Leia como fizemos para tirar o nosso visto AQUI.
Hekou
Hekou é uma cidade pequena e repleta de lojas de eletrônicos. Saindo da imigração você já cai no centro da cidade, o que facilita bastante.
Há caixas eletrônicos do ABC (Agrarian Bank of China) na rua logo à sua esquerda. Tentamos sacar dinheiro ali mas não deu certo. Procuramos outros bancos e conseguimos sacar no “Banco da Construção”.
Nós resolvemos passar a primeira noite em Hekou para pegar o ônibus cedo no dia seguinte. Ficamos no Sun Hotel, que era a única opção disponível no Booking. Pagamos 5 dólares por pessoa em camas compartilhadas. O hotel era extremamente difícil de encontrar. Mostramos o endereço para um senhor na rua e ele ligou para o dono do hotel, que veio nos encontrar logo em seguida.
Aqui notamos duas coisas interessantes: uma delas é que os chineses, em sua maioria, não falam absolutamente nada de inglês. Nem “hello” eles entendem. Portanto, já tenha um bom tradutor em mãos.
A segunda é que muitos sites são bloqueados na China. Nada do Google funciona (nem Gmail, nem Google Maps, nem Google Translate, nem Google Play Store…). Facebook tampouco. Ferramentas da Microsoft e da Apple costumam funcionar, o que as torna uma boa alternativa. Mas, para acessar tudo o que quiser, a dica é levar uma VPN instalada no celular (instale antes de chegar à China para não ter problemas). Nós instalamos várias gratuitas e a única que funcionou foi a Turbo VPN. Não conseguimos nenhuma que funcionasse no computador.
De Heikou adiante
A estação de trens de Heikou fica bem no centro da cidade. Se quiser seguir de ônibus, o terminal fica um pouco distante. Um táxi para lá deve custar 10 yuan, mas você pode ir de ônibus pagando apenas 2 yuan. Os ônibus que vão para o terminal partem daqui:
Nós seguimos de Hekou para a cidade de Xinjiezhen, base para conhecer as famosas plantações de arroz da China. Se você viaja com tempo, recomendamos fortemente que inclua este destino em seu roteiro. O ônibus para Xinjiezhen sai às 9h30min e a passagem custa 58 yuan. A viagem dura umas 4 horas.
É isso, pessoal!
Para mais dicas bacanas, não deixem de nos seguir em nossas redes sociais:
Dicas para a sua viagem:
- Não perca tempo! Garanta a reserva do seu hotel pelos melhores preços no Booking.com
- Prefere alugar uma casa? Então pegue aqui seu desconto de R$130 para a primeira hospedagem no AirBnb
- Quer ganhar um extra com suas fotos de viagem? Aprenda a vendê-las por aqui.
- Viaje sem sair de casa com os nossos livros!
Um comentário sobre “Como cruzar a fronteira Vietnã – China por Lao Cai – Hekou”
Os comentários estão desativados.