Quer ir até Flores conhecer os famosos dragões de Komodo? Aqui ensinamos a chegar da maneira mais econômica!
Conhecer os dragões de Komodo era um sonho antigo, e uma das metas da nossa viagem. Mas os preços dos tours saindo de Bali rondavam os 250 dólares (fora as entradas), o que nos deixou bem desanimados.
Felizmente conseguimos ir até Flores sem gastar muito, e de lá contratamos uma excursão por apenas 50 dólares. Nós fomos de barco e voltamos de ônibus. Vamos ensinar os dois métodos:
De Bali a Flores em barco
Esta é a opção mais econômica para chegar a Flores, mas ainda é pouco conhecida pelos turistas (além de nós, só havia mais um estrangeiro viajando). A viagem dura umas 35 horas, e custa apenas 230 mil rúpias (algo como 17 dólares), incluindo todas as refeições.
A empresa que leva é a Pelni. Bom consultar o site com antecedência para planejar o itinerário, pois não há saídas todos os dias.
O escritório da Pelni fica perto da praia de Kuta. Bom passar lá com um ou dois dias de antecedência para garantir a passagem. É preciso apresentar o passaporte para fazer a compra.
-
A viagem de barco
Nosso barco saiu às 10h da manhã do porto de Benoa, próximo a Kuta (quando for consultar o itinerário no site da Pelni, marque “Benoa”, pois se marcar “Bali” ele não acha). Para chegar ao porto, fomos de Grab. Custou 36 mil rúpias (2,60 dólares) desde Kuta. Além disso, é preciso pagar um pedágio no caminho (7 mil rúpias).
Chegamos ao porto com duas horas de antecedência, conforme recomendado. Não houve burocracia e nem a necessidade de pagar nenhuma taxa adicional. Apenas passamos as malas no raio-X e logo começamos a embarcar.
Dentro do navio é só escolher a sua cama. Os lugares teoricamente são marcados, mas ninguém respeita, então entre e procure a que mais lhe agradar. Há vários ambientes, e convém escolher algum mais vazio. As camas, apesar de terem um colchonete fino, são razoavelmente confortáveis.
Os únicos pontos negativos da viagem são o calor (todos os cômodos têm ar condicionado, mas é muito fraco) e o banheiro, que não cheira muito bem (apesar de limparem sempre) e é daqueles de usar de cócoras. As comidas também não são muito servidas, portanto leve algo para complementar as refeições.
No mais, apesar de termos ficado ao lado de uma criança que chorou a noite inteira, a viagem foi tranquila e agradável. Chegamos ao porto de Labuan Bajo (Flores) por volta das 18h do dia seguinte. O porto de Labuan Bajo fica bem na zona turística, assim dá para ir caminhando para praticamente qualquer canto.
Voltando de Flores de ônibus
O ônibus (ou melhor, uma combinação de ônibus e ferry) é o meio mais utilizado pelos turistas para voltar de Flores. É um pouco mais rápido do que voltar em ferry, mas também mais caro e mais sofrido. Nós optamos pelo ônibus porque o próximo ferry só sairia dali a uma semana.
Praticamente todas as agências de Labuan Bajo vendem o esquema para voltar de ônibus até Mataram (na ilha de Lombok, vizinha a Bali) por algo entre 450 e 550 mil rúpias. Não vale a pena: se você fizer por conta própria vai gastar bem menos e ter exatamente o mesmo trabalho que teria se contratando uma agência. O que elas fazem, basicamente, é vender os tickets de cada trâmite que você terá que fazer e cobrar uma comissão em cima.
Nosso objetivo eram as ilhas Gili. Se você quer voltar para Bali, em Mataram é só pegar o ferry direto para lá.
Estes foram os trâmites que fizemos e o quanto gastamos em cada um:
-
Ferry de Labuan Bajo a Sape – 60 mil rúpias, das 9h às 16h;
-
Ônibus de Sape a Bima – 30 mil rúpias, das 16h às 18h.
-
Ônibus de Bima a Mataram – 180 mil rúpias, das 19h às 11h do dia seguinte.
-
Ônibus/barco de Mataram a ilha Gili K – 100 mil rúpias, das 11h às 12h15min.
Ou seja, gastamos um total de 270 mil rúpias para chegar a Mataram, bem menos que os 450 mil cobrados pelas agências. O pessoal que vai pela agência precisa fazer exatamente os mesmos trâmites que nós fizemos. A única diferença é que, em vez de ir pagando na hora, vão entregando as passagens que já compraram.
Aqui explicamos cada trâmite:
-
De Labuan Bajo a Sape
Os ferrys para Sape saem às 9h da manhã. Convém chegar ao porto por volta das 8h. Dá para comprar a passagem na hora (e provavelmente vai ter um monte de gente tentando vender a passagem combinada até Mataram). Note que este não é o mesmo porto onde param os ferrys que vem de Bali, mas um outro menor uns 100 metros ao norte. É só perguntar para qualquer pessoa que vão saber indicar.
O ferry possui assentos confortáveis. Escolha qualquer um para sentar. Se quiser ir deitado, há colchonetes para alugar por 25 mil rúpias. É comum ver golfinhos no caminho.
Atrasos deste ferry não são raros, mas não se preocupe: quando isso acontece, os ônibus seguintes saem atrasados também (afinal, a maioria de seus clientes vêm deste ferry).
-
De Sape a Bima
Logo na saída do porto de Sape já estão os ônibus esperando para levar até Bima. No nosso caso, mal descemos do barco e já apareceu um senhor dizendo que era motorista e que nos levaria por 30 mil cada um. Aceitamos e partimos na hora (enquanto os turistas com agência tinham o trabalho de procurar qual era o ônibus deles).
Esta viagem dura pouco mais de 1 hora. Os ônibus são pequenos e velhos, mas dá para levar as mochilas dentro numa boa.
-
De Bima a Mataram
Aqui é preciso ficar esperto. O preço correto da passagem é 180 mil rúpias (13 dólares), mas o Lonely Planet disse que é 250 mil. Assim, o pessoal começou a pedir 250 mil dos turistas, e os turistas pagam felizes. Nós, por sorte, já sabíamos o preço correto, e portanto não caímos nessa.
Pois bem, a malandragem já começou antes mesmo de chegarmos a Bima. O cobrador do ônibus de Sape nos disse que a passagem era 250 mil, como se estivesse nos fazendo um favor. E então, pouco antes de chegarmos ao terminal, já subiu o vendedor de uma companhia nos entregando as passagens por 250 mil. Recusamos e falamos: “discount!”. Ele nos deu um papel para escrevermos quanto queríamos pagar. Escrevemos 180 e ele concordou sem reclamar.
Nisso chegamos à estação. Descemos e oferecemos as 360 mil rúpias (das duas passagens) para ele. O cobrador do ônibus de Bima também colou junto, provavelmente para receber sua comissão. Os dois discutiram e o cara do ônibus para Mataram insinuou para nós que queria mais dinheiro. Mas nem precisamos discutir: um outro vendedor (da mesma companhia, inclusive) apareceu e disse que aceitava nossa oferta. Fechamos com ele.
Todos os ônibus teoricamente saem às 18h, mas como seus horários são atrelados aos do ferry, é comum que saiam com atraso. O nosso saiu pouco depois das 19h. Aproveitamos a espera para comer (12 mil rúpias – pouco menos que 1 dólar – em um prato com arroz, frango frito, salada e camarão).
Os ônibus para Mataram não são leito, mas são confortáveis e têm banheiro. No caminho param para jantar (quando comprar a passagem, confirme se a janta está incluída ou não).
Por volta das 4h da manhã o ônibus chegará ao ferry que cruza para Lombok. A passagem já está incluída e o ônibus cruza o ferry com você, mas é preciso descer do veículo por motivos de segurança. Esta viagem de ferry em teoria dura 1h30min, mas no nosso caso demorou 3h por conta de algum problema no porto de Lombok.
-
De Mataram a Gili
O terminal de Mataram fica a uns 7 quilômetros de distância do centro. Como já é de praxe, ao descer você já vai ser assediado por vários taxistas. Como queríamos ir a Gili, teríamos que ir até Bangsal pegar o barco. Os taxistas queriam 250 mil para nos levar até lá. Dissemos que queríamos ir de transporte público. Primeiro disseram que não existia, mas depois que insistimos nos indicaram a van que levava.
Aqui surgiu um problema: a van para Bangsal custa 25 mil rúpias, mas só sai quando enche. Há barcos frequentes de Bangsal para as ilhas Gili pela manhã, mas pela tarde são uma incógnita (se não tiver gente suficiente, nem saem). Por conta do atraso do ferry, estávamos em uma situação difícil, pois já eram 11h e não tinha a menor cara de que a van ia encher. O motorista acabou propondo o seguinte: nos levaria por 100 mil (7 dólares) cada um, incluindo o barco para Gili T. Como estávamos cansados e com sono, acabamos aceitando sem muita negociação (se tivéssemos pensado melhor, teríamos ido de Grab que sairia mais barato).
A viagem até Bangsal durou uns 40 minutos e passou por paisagens bem bonitas. A van nos levou até o porto e o motorista desceu para comprar as passagens de barco (10, 12 ou 15 mil, dependendo da ilha). Depois voltou e quis cobrar mais por conta do valor do estacionamento (que nem era pago). Recusamos e dissemos que o combinado era que chegaríamos até Gili por 100 mil. Ele não insistiu.
Nesta última parte, a dica é chegar de chinelo ou descalço, pois você terá que pisar no mar para subir no barco. Tiramos os sapatos correndo e subimos no barco que levava a Gili T, nosso destino. Em 15 minutos estávamos finalmente pisando na ilha, encerrando esta interminável viagem.
Em resumo, em vez de gastar 250 dólares por pessoa com uma excursão para Komodo (fora a entrada no parque), nós gastamos:
- 17 dólares para ir;
- 50 dólares com o tour de 2 dias;
- 19 dólares de entrada no parque de Komodo;
- 26 dólares para voltar até Gili.
Totalizando 112 dólares por pessoa
. De hospedagem e comida não devemos ter gastado nem 20 dólares cada um. Ou seja, uma economia de mais de 100 dólares por pessoa!
É isso, pessoal! Não deixem de conhecer Komodo, foi nosso destino favorito na Indonésia! Leia mais sobre ele aqui:
E também temos várias dicas bacanas sobre Bali:
Para mais dicas bacanas, não deixe de nos acompanhar nas redes sociais:
Dicas para a sua viagem:- Não perca tempo! Garanta a reserva do seu hotel pelos melhores preços no Booking.com
- Prefere alugar uma casa? Então pegue aqui seu desconto de R$130 para a primeira hospedagem no AirBnb
- Quer ganhar um extra com suas fotos de viagem? Aprenda a vendê-las por aqui.
- Viaje sem sair de casa com os nossos livros!
Oi gente, arrasaram no post.
Vocês sabem que horas partem os ferries de Sape pra Labuan?
Obrigada
Obrigado Fernanda!
Poxa, quando ao horário do barco, não vamos conseguir te ajudar 🙁
Fizemos este caminho só em sentido contrário, e em Sapi foi tão corrido pra pegar o ônibus que não tivemos nem tempo de verificar!