Bangkok – o que fazer, dicas, transporte e muito mais!

Vai conhecer a Tailândia? Pegue todas as dicas para aproveitar ao máximo sua linda capital!

Um dos inúmeros templos de Bangkok
Um dos inúmeros templos de Bangkok

Krungthepmahanakhon Amonrattanakosin Mahintharayutthaya Mahadilokphop Noppharatratchaniburiron Udomratchaniwetmahasathan Amonphimanawatansathit Sakkathattiyawitsanukamprasit – consegue pronunciar? Este é o nome completo de Bangkok, a cidade que é a capital da Tailândia desde 1782.

Nós chegamos por aqui sem grandes pretensões, imaginando que passaríamos uns 2 ou 3 dias, e acabamos ficando algumas semanas. O fato é que Bangkok é uma cidade muito interessante, e uma das capitais mais bonitas que já visitamos. À primeira vista pode não chamar muito a atenção, mas é só percorrer seus inúmeros templos, suas lindas praças e seus mercados pitorescos para ficar encantado. E aqui damos todas as dicas para você aproveitá-la ao máximo!

Transporte

Uma das coisas que gostamos de Bangkok foi seu transporte público. No começo, ao ver os painéis dos ônibus escritos em letras tailandesas, você pode achar que se aventurar desta forma é uma missão impossível, mas é bem mais fácil do que se imagina. Nós conseguimos visitar cada canto da cidade sem pegar um táxi sequer. O Google Maps está bem completo em Bangkok, e mostra todos os pontos de ônibus, trens e barcos da cidade.

Aqui vão as opções:

  • Trens e Metrôs

Talvez o método mais fácil de percorrer Bangkok é usando a sua combinação de trens e metrôs. As regras podem variar um pouco de acordo com a companhia (sim, há várias companhias concorrentes dentro da cidade), mas é quase a mesma coisa: você paga a passagem no guichê e embarca no trem correto. Em praticamente todas as estações há mapas das vias e centro de informações com atendentes que falam inglês.

A estação central, chamada Hua Pamphong, conecta Bangkok com praticamente todo o país. As passagens de trem, tanto dentro da cidade quanto para fora, são muito baratas. Dificilmente você gastará mais do que 20 bahts em uma viagem dentro da capital. Há também trens que conectam o aeroporto ao centro.

Você pode não conseguir ler o nome dos destinos, mas vai conseguir se deslocar facilmente observando o número dos ônibus. As passagens são baratas e variam de acordo com a qualidade do veículo (podendo ser desde grátis em ônibus velhos até uns 20 bahts em ônibus com ar condicionado).

Ônibus em Bangkok
Ônibus com ar condicionado em Bangkok

Escrevemos aqui um post exclusivo ensinando os macetes para andar de ônibus em Bangkok.

  • Barco

Sim, você pode se deslocar em Bangkok de barco! Esta cidade, cheia de rios, possui lanchas de transporte público para vários cantos. Além de ser um método de transporte rápido e eficiente, é também muito divertido.

Em cada estação de barco há um mapa com as linhas que passam por ali. Você pode reconhecer a linha do barco pela cor de sua bandeira (notem que todos têm duas bandeiras: uma amarela, que representa o budismo, e outra com a cor da linha que faz). Uma passagem de barco custa 15 bahts.

Bangkok, Tailândia
Barcos em Bangkok

Há também os barcos com bandeiras azuis, que são turísticos. São um pouco mais confortáveis, fazem anúncios em inglês e a passagem deles é mais cara – 180 bahts por um passe do dia inteiro. Sinceramente não vale a pena, pois dificilmente você andará tanto assim de barco em um único dia para compensar.

  • Caminhonetes

As caminhonetes compõem um meio de transporte muito comum para os tailandeses, mas poucos turistas se aventuram desta maneira por acharem complicado. São úteis para ir a áreas onde os ônibus não chegam, e são muito baratas: apenas 6 ou 7 bahts por pessoa.

A grande complicação é que elas não têm numeração, e o itinerário é escrito em letras tailandesas. A solução acaba sendo parar todas e perguntar se vão ao destino que você quer (escreva o destino em um papel para facilitar, pois nem sempre o condutor fala inglês).

Caminhonetes que levam do Taling Chan ao Lad Mayom
Caminhonetes de Bangkok
  • Táxis e Tuk-tuks

Se você for andar de táxi, peça sempre para ligarem o taxímetro. Se fizer corrida com valor fechado, provavelmente acabará pagando o dobro do valor justo. Se o taxista não ligar, fale “meter, please”. Se ele se recusar, simplesmente desça e pegue outro táxi.

Os tuk-tuks são outra opção, mas não necessariamente mais baratas do que o táxi. São ideais para viagens curtas mesmo. Procure sempre negociar o valor da corrida antes de sair, e dê uma chorada no valor, principalmente se estiver em lugares turísticos como a Khaosan. E nunca, mas nunca mesmo, aceite os tuk tuks que oferecem city tours de um dia inteiro por 20 bahts, pois é golpe.

tuk tuk em Bangkok, Tailândia
Tuk-tuks em frente à Khaosan Road
  • Uber e Grab

Nós não chegamos a usar nenhum destes sistemas porque conseguimos fazer tudo em transporte público. Fizemos algumas simulações e vimos que saem, em geral, uns 20 ou 30% mais baratos do que o táxi ou tuk tuk. Se você prefere comodidade, vale a pena.

Como em todo o sudeste asiático, o Grab é mais popular que o Uber (nem sabemos se este ainda funciona por aqui). Se você ainda não usa, sugiro que instale a aplicação.

Ainda há certa discussão sobre o uso destes meios de transporte na Tailândia, portanto sugerimos discrição para evitar problemas com taxistas.

Onde se hospedar?

Bangkok é uma cidade bem grande, e há vários bairros com boas opções para hospedagem. Para quem viaja no estilo mochileiro, o ideal é se hospedar perto da Khaosan road, onde estão concentrados bares, restaurantes e baladas populares entre estrangeiros. A Khaosan também está a uma caminhada de distância dos principais destinos turísticos da cidade, como o Grand Palace. Só tome o cuidado de não ficar perto demais desta rua, pois as baladas mantém o som alto até às 2h da manhã. O ideal é ficar afastado umas 2 ou 3 quadras.

Nós nos hospedamos no hotel Yes Khaosan. Muito barato: pagamos menos de 40 reais em um quarto privado para duas pessoas. Mas ele ficava bem do lado de uma balada, e era impossível dormir antes das 2h da madruga.

Este vídeo mostra como é a Khaosan:

https://www.youtube.com/watch?v=xc-Zwn855TI

Comer e beber

Bangkok não é lá dos lugares mais baratos para se comer e beber, mas se procurar nas barraquinhas de rua você encontrará opções econômicas. Um prato de Pad Thai (macarrão tailandês) com frango sai entre 50 e 70 bahts nas barraquinhas de rua da Khaosan. Um restaurante no estilo Shabu-Shabu (que você come à vontade e cozinha na mesa) fica entre 300 e 500 baths.

Uma cerveja de 600ml custa a partir de 55 bahts nos 7-Eleven, e cerca de 100 bahts nos bares e baladas.

Para os mais aventureiros, na Khaosan é possível comprar alguns espetinhos exóticos, como os de escorpiões, lacraias, aranhas, etc.

Comida de rua em Bangkok, Tailândia
Comida de rua em Bangkok

Segurança e golpes

Bangkok é uma cidade segura se comparada às cidades grandes brasileiras. É comum ver estrangeiros com suas câmeras penduradas no pescoço dando voltas pela noite sem maiores problemas. Mas há algumas coisas que você deve cuidar:

  • Furtos: infelizmente são bastante frequentes. Muito cuidado com batedores de carteiras, principalmente em lugares com muita muvuca. Também não são raros turistas terem suas bolsas e câmeras arrancadas por pessoas que passam de moto a toda velocidade;

  • Vingança: evite arranjar briga com os tailandeses, ainda mais se estiver bêbado. Alguns são vingativos, e se tiverem “contatos” a coisa fica ainda pior. Vários estrangeiros já foram assassinados no país por vingança. E o governo não dá muita atenção para o caso: simplesmente assinala a causa da morte como “suicídio” para manter boas as estatísticas;

  • Golpes: Diria que este é o principal problema da cidade. Nunca em nossas vidas tentaram nos passar tanto a perna quanto em Bangkok. A situação é crítica mesmo na região da Khaosan, onde se concentram os estrangeiros. Leia nosso post completo aqui onde descrevemos os principais golpes e como evitá-los.

Golpes na Tailândia
Tuk tuk extremamente barato – tour por vários lugares por apenas 20 baht (2 reais). É golpe.

O que fazer?

Uma caminhada pelos arredores da região do Grand Palace já é suficiente para você se deslumbrar com a beleza de Bangkok. Se não estiver muito calor, você pode fazer grande parte do trajeto a pé mesmo. Se optar por táxis ou tuk-tuks, procure fazer as corridas de forma independente, em vez de fechar um city tour.

Note que praticamente todos os templos ou destinos sagrados exigem que você esteja vestido de acordo (com uma camiseta que cubra os ombros e uma calça ou saia que alcance pelo menos os joelhos). Umbigo de fora não é permitido.

Aqui estão alguns destinos legais:

  • Wat Phra Kaew e Grand Palace (entrada: 500 bahts, aberto das 8h30min às 15h30min)

Wat Phra Kaew é o nome dado a um grande complexo que ocupa uma quadra inteira e abriga, em meio a vários templos, a antiga residência do rei da Tailândia: o Grande Palácio.

Este é o principal destino turístico da cidade, o que faz com que muitos reclamem por ser extremamente cheio. A arquitetura impressionante dos prédios pode ser vista, em partes, pelo lado de fora. Nós nos limitamos a isso mesmo, pois achamos 500 bahts de entrada muito caro.

Wat Phra Kaew, Bangkok, Tailândia
Wat Phra Kaew e o Grande Palácio de noite, vistos de fora
  • Wat Pho (entrada: 100 bahts)

Vizinho ao Grand Palace, este talvez seja o segundo destino turístico mais importante da cidade. Possui uma série de templos e a maior coleção de estátuas de Buda da Tailândia. O grande destaque aqui é o enorme Buda deitado, que ocupa quase um templo inteiro.

O Wat Pho também mantém uma escola de massagens bem tradicional. Uma massagem aqui sai mais caro do que na rua (os preços começam em 250 bahts), mas você tem a garantia de estar recebendo o serviço de um profissional.

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  • Wat Traimit (entrada: 40 bahts)

Localizado na China Town, este templo supostamente guarda uma estátua de 3 metros de altura e 5,5 toneladas de ouro maciço.

Aqui notamos algo estranho: há dois templos, um enorme e frequentado por turistas, e um menor e frequentado por monges. No maior há uma estátua que não impressiona muito. Também há bem pouca segurança e você pode chegar pertinho da suposta estátua. Muito estranho, considerando que a peça vale algumas centenas de milhões de dólares.

Nós, como bons curiosos, fomos pescoçar o templo menor. Não queriam nos deixar entrar, mas entramos assim mesmo. Neste, sim, há uma estátua bonita, cercada e bem protegida. Acreditamos que esta seja a verdadeira, e a outra uma simples réplica dourada.

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  • China Town

Repleta de restaurantes, bazares, joalherias e mercados, seu emaranhado de placas luminosas escritas em chinês formam uma imagem que é, ao mesmo tempo, caótica e muito fotogênica.

A rua mais interessante da China Town é a Yaowarat rd, principalmente no trecho entre a Ratchawong e a Song Sawat.

Chinatown de Bangkok
Chinatown pela noite
  • Balanço Gigante (giant swing)

A estrutura em si não impressiona, mas o seu valor histórico sim. Aqui era muito popular um evento, ao mesmo tempo esportivo e religioso, onde os competidores tinham que se balançar até alturas bem elevadas, onde tentariam alcançar um saco contendo dinheiro. A estrutura tem 27 metros de altura, então imaginem como um acidente era fatal.

Por conta do grande número de mortes, a celebração foi proibida a partir de 1935.

Giant swing - o balanço gigante de Bangkok, Tailândia
O balanço gigante de Bangkok
  • Soi Cowboy street

Este é um destino bem polêmico e que não gostamos de recomendar, pois envolve prostituição. Em todo o caso, esta rua ficou famosa por conta do filme “Se Beber Não Case 2”. É uma rua de apenas uma quadra de comprimento, repleta de bares de striptease com neons bem chamativos e turistas. É seguro andar por ali, embora não recomendamos que você entre em nenhuma casa noturna (tanto por motivos éticos quanto por segurança; muitos turistas acabam tendo que pagar contas astronômicas para poder sair).

É fácil chegar a este lugar em metrô ou, a partir da Khaosan, usando o ônibus número 2.

Aqui está nosso vídeo mostrando a Soi Cowboy:

https://www.youtube.com/watch?v=vz5hiDVwnig

Mercados

Há muitos mercados interessantes em Bangkok: alguns são de fim de semana, outros são noturnos, outros são flutuantes. Aqui listamos os que visitamos:

  • Mercados flutuantes de Taling Chan e Lad Mayom

Consideramos estes dois os mercados mais interessantes de Bangkok. Eles funcionam apenas fins de semana e feriados, portanto procure se programar para visitá-los.

O mercado de Taling Chan é menor e mais popular entre os turistas. Aqui é possível comprar frutas, verduras e almoçar comendo pratos preparados diretamente das lanchas. Já o de Lad Mayom é maior e mais popular pela população local mesmo (por isso foi o nosso preferido). Não deixe de fazer um passeio de barco por lá!

É possível visitar estes dois mercados no mesmo dia usando transporte público. Leia aqui nosso post completo sobre eles.

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  • Mercado Chatuchak

Considerado o maior mercado domingueiro do mundo, é um bom lugar para quem gosta de feiras ou quer comprar algumas lembranças. Vendem desde relógios antigos até roupas, lembrancinhas e produtos falsificados, distribuídos em cerca de 15 mil tendas.

Este mercado só funciona fim de semana (nas quintas e sextas algumas lojas abrem para vender atacado), e é lotado. Se você tem de claustrofobia, talvez sofra com seus corredores estreitos cheios de gente.

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  • Mercado dos Amuletos

Um pouco fora da rota turística tradicional, este mercado é bastante popular entre os tailandeses. Aqui é possível encontrar para comprar qualquer tipo de amuleto, desde aqueles que contém imagens do Buda até outros compostos por partes de corpos de animais ressecadas. Fica pertinho do Grande Palácio e merece pelo menos uma rápida visita.

Mercado de amuletos em Bangkok
Mercado de amuletos em Bangkok
  • Feira de Patpong

Outro destino polêmico. A feira em si acontece de noite, no intervalo de uma quadra, e vende produtos chineses, camisetas e lembrancinhas. Mas a feira é cercada de casas de prostituição, tanto de homens quanto de mulheres.

Patpong começou a ganhar má fama na época da guerra do Vietnã: era o refúgio dos soldados americanos que vinham atrás de sexo (muitas vezes com menores de idade). Felizmente a coisa foi controlada até certo ponto, mas ainda não deixou de ser uma ferida em Bangkok.

Diria que é um destino dispensável.

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Arredores de Bangkok

Outro destino que se tornou bastante popular no país, a feira de Maeklong seria uma feira normal, que vende produtos como carnes, frutas e verduras, se não fosse por um detalhe interessante: ela acontece sobre os trilhos do trem. Quando o trem passa, é aquela correria para recolher os produtos.

Ela está um pouco afastada de Bangkok, mas você pode ir facilmente em transporte público (e chegar no famoso trem, inclusive). Se for em um fim de semana, pode conhecer uma feira flutuante que há lá perto.

Leia nosso post aqui falando mais sobre a feira e ensinando a chegar lá.

Antiga capital do império da Tailândia, Ayutthaya é um dos destinos mais importantes do país para aqueles que gostam de história. É lá, também, que está a famosa estátua do Buda deitado que inspirou o cenário do Sagat no Street Fighter.

Muita gente faz um bate-volta de 1 dia para Ayutthaya (é rapidinho e barato chegar lá em trem), embora recomendamos que você fique pelo menos 2 dias por lá para conhecer bem o lugar.

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Leia nosso post completo sobre Ayutthaya aqui.

 

Então é isso, pessoal! Esperamos que tenham curtido nossas dicas sobre esta capital fantástica. Para ver vídeos e mais dicas sobre a Tailândia, acompanhe-nos por nossas redes sociais:

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15 comentários sobre “Bangkok – o que fazer, dicas, transporte e muito mais!

  1. Olá casal lindo!! Descobri o blog magnífico de vocês a pouco tempo, mas estou apaixonado por ele e por essa aventura! Muito parabéns por tudo que estão vivendo nessa viagem! Continuem registrando e compartilhando tudo que puderem. Desejo tudo de bom e que Deus continue abençoando essa jornada maravilhosa de vocês. Obrigado por compartilharem conosco! Abraço!

    1. Olá Enrique!! Ficamos muito contentes que tenha gostado do nosso blog e que esteja curtindo acompanhar a nossa viagem!
      Vamos continuar compartilhando sim tudo o que formos vivenciando pelo caminho. 🙂
      Abração!!

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