Seguindo nossa busca por lugares incríveis ao redor de Cusco (antes de seguirmos a Machu Picchu), visitamos o belíssimo Vale Sagrado, e aqui compartilhamos fotos e um pouco da história deste lugar!
Referência (maio/2016)
1 real = 0,88 soles (cotação em Cusco)
O vale
O vale sagrado dos Incas começa a poucos quilômetros de Cusco, e se estende por belíssimas paisagens até Machu Picchu, passando por outras ruínas quase tão impressionantes quanto a cidade sagrada.
O Vale Sagrado tem este nome porque nele passa o rio Vilcanota. Para os incas, este rio era considerado um deus, e por isso o vale era considerado sagrado. Hoje, infelizmente, este é um dos rios mais poluídos da região.
Se só as paisagens deste vale já não fossem impressionantes, ele ainda é acompanhado por ruínas maravilhosas da época pré-colombiana. Conhecemos algumas delas, e aqui contamos como foi nosso passeio nesta região!
Como chegar
A forma mais fácil de visitar os pontos de interesse do vale é através de uma excursão contratada em Cusco. Nós fomos e recomendamos a Parabens Machu Picchu (https://www.parabensmachupicchu.com/vale-sagrado-dos-incas.php), pelo bom preço e pelo excelente passeio.
Outras formas de chegar é com um veículo particular ou pegando ônibus/carona, embora um guia vá fazer falta para entender melhor a história dos lugares visitados.
Quanto custa
Para visitar as principais ruínas do Vale Sagrado é preciso comprar o Boleto Turístico, que custa 130 soles com validade de 10 dias ou 70 soles com validade de 1 dia. Este boleto dá acesso há várias ruínas da região, além de alguns museus em Cusco.
As excursões custam em torno de 80 soles, e costumam incluir almoço estilo buffet.
O recorrido
Fazendo a excursão, visitamos, em ordem:
- A pequena cidade de Pisac
- As ruínas de Pisaq
- Almoçamos na cidade de Urubamba
- A cidade e as ruínas de Ollantaytambo
- As ruínas de Chinchero
- Um pequeno atelier para entender como são confeccionadas as roupas pelos indígenas.
O passeio inteiro começa em Cusco, partindo por volta das 8h30min, e volta para a cidade por volta das 19h.
O passeio
Saímos de Cusco por volta das 8h30min, em um ônibus pequeno com um guia que falava espanhol e inglês.
Nossa primeira parada foi na cidade de Pisac, já dentro do vale, onde tivemos uma pequena aula de como identificar se uma joia vendida era de prata verdadeira ou não. A vista ao chegar ao vale era surpreendente.
Em Pisac, acontecia uma pequena feira de artesanatos, e tivemos cerca de 20 minutos para percorrê-la.
De lá, seguimos para as impressionantes ruínas de Pisaq.
Pisaq
Pisaq era uma antiga cidade e centro de plantação inca. A grandeza e a beleza destas instalações encrustadas nas montanhas do vale era impressionante.
De cara, o que chama a atenção são as enormes terraças (que parecem escadas gigantes talhadas no cerro). Estas terraças tiveram uma importância fundamental não só para a sociedade Inca, mas para todos os povos até hoje. Provavelmente, a maior herança deixada por este império para nós foi a agricultura.
Nestas terraças, os incas não faziam apenas plantações, mas experimentos de adaptação de sementes para a altitude. Era mais ou menos o que fazemos com os transgênicos hoje, mas através de uma seleção natural forçada. Com isso, conseguiram produzir sementes mais fortes, capazes de nascer em altitudes bastante elevadas. Hoje, graças aos incas, o Peru é um grande produtor e exportador de diversos tipos de alimentos, e sua culinária está entre as melhores do mundo.
Em Pisaq também chamam a atenção os buracos nas paredes das montanhas, que eram antigos cemitérios.
Os mortos eram mumificados e colocados em posição fetal. Segundo a crença inca, deveriam voltar ao ventre da Pachamama (no caso, os buracos feitos nas montanhas) na mesma posição que foram carregados nos ventres de suas mães. Acreditavam que, desta forma, os espíritos das montanhas (no caso, os condores dos Andes) levariam seus corpos para a via láctea, onde seriam convertidos em estrelas.
Algumas múmias podem ser encontradas nos museus em Cusco, que podem ser visitados com o boleto turístico.
Depois da explicação, tivemos 40 minutos para caminhar pelo complexo. O tempo foi curto, considerando a imensidão do lugar, mas tínhamos que seguir em frente.
Urubamba
A cidade de Urubamba não tem muitos atrativos. Fizemos uma parada para almoçar em um restaurante estilo buffet, com sobremesa inclusa (todos os restaurantes em Urubamba são neste estilo, e custam na faixa de 40 soles por pessoa. Por isso, certifique-se de que seu tour inclui almoço!).
A comida era boa, e tinha até feijão! 😀
De lá, seguimos para Ollantaytambo.
Ollantaytambo
Ollantaytambo é uma cidade bonita, com ruas estreitas, casas coloniais e muito artesanato à venda. Junto a ela, estão as ruínas da antiga cidade Inca, também denominada Ollantaytambo, e que tem a forma de uma lhama.
Nesta cidade, também se podem observar as famosas terraças, e também ter mais amostras da incrível capacidade de engenharia e arquitetura Inca. Nos morros ao redor, se podem ver talhados os esboços de rostos de deuses e de um condor. Infelizmente as obras nunca chegaram a ser concluídas por conta da invasão espanhola, mas já dá pra ter uma ideia.
Talhados nas pedras também estão algumas formas de calendários incas, que alinham suas sombras de acordo com a estação do ano, formando sempre o alinhamento perfeito no solstício de inverno.
Para variar, a caminhada aqui também é dura, montanha acima. Tivemos meia-hora para caminhar em meio as ruínas.
Terminado o tempo, rumamos para o pequeno povoado de Chinchero, a fim de ver suas antigas ruínas ainda de dia.
Chinchero
Em Chinchero, subimos de ônibus a um pequeno mirador, de onde se podia observar as ruínas de mais uma antiga cidade inca.
Este sítio arqueológico é bem pequeno (pelo menos se comparado aos outros), mas não deixa de ser interessante. O que mais chama a atenção aqui é o forte contraste entre a arquitetura colonial e a inca.
Ao lado da pequena cidade estão construindo um novo aeroporto internacional. Esta obra vai, provavelmente, destruir não só a paisagem do local, mas também a cultura. Muita gente aí ainda preserva sua cultura indígena, e vive do pastoreio e do artesanato. Com a chegada do aeroporto, estas pessoas vão procurar empregos mais ocidentais (como trabalhar no próprio aeroporto ou prestando serviços aos turistas). Não sabemos quando a obra vai ser concluída, mas vale a pena visitar este lugar antes que mude de vez.
Ainda em Chinchero, visitamos um pequeno atelier, onde o pessoal ainda faz artesanato à moda antiga. Lá, tivemos uma aula de como a lã é extraída, tratada, e colorida, tudo com produtos provenientes da natureza. Foi bastante interessante aprender como conseguem extrair pigmentos de frutas e raízes.
Terminada a explicação, voltamos para Cusco, logo depois do por-do-sol. O aprendizado que tivemos com este passeio não tem preço!
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Oi pessoal. To super curtindo as dicas!!! To indo pra lá agora dia 19. Vc sabem quanto está em média este passeio sem o almoço? Obrigada
PARABENS PELO BLOG , OTIMAS DICAS. O TOUR DO VALE SAGRADO É FEITO EM APENAS 1 DIA ?
Obrigado Felipe!
É feito em 1 dia sim. Sai pela manhã, almoça por lá e volta de noite. Se quiser ir para MP de trem dá pra combinar o passeio, aí te deixam onde se pega o trem.