Mochilão pela Tailândia – preços, dicas, lugares para visitar e muito mais!

Todas as nossas dicas para você curtir os lugares mais bacanas da Tailândia sem cair em roubadas ou gastar fortunas de dinheiro!

Câmbio oficial (jan/2019)
1 real = 8,32 bahts
1 dólar = 32,30 bahts
1 euro = 37,10 bahts

Templo dos macacos em Lop Buri
Templo dos macacos em Lop Buri, Tailândia

Ainda que seus grandes atrativos sejam as praias paradisíacas e as festas que acontecem até o sol nascer, a Tailândia tem muito mais a oferecer a seus visitantes. Este país (antes conhecido como Reino de Sião) foi o único do sudeste asiático que jamais foi colonizado por europeus. Com isso, muito de sua cultura, culinária e arquitetura se mantiveram únicos. Talvez o excesso de turismo e a globalização estejam mudando um pouco esta imagem, mas ainda é possível encontrar regiões com tradições bem autênticas.

Mas não importa se você está atrás de cultura ou de curtição: o país oferece opções para todos os gostos. E tudo isso a preços bem acessíveis. Portanto, fique atento nas promoções de passagens aéreas; quem sabe suas próximas férias não serão por aqui?

Nosso roteiro e gastos

O caminho que fizemos na Tailândia foi este:

Mochilão Tailândia
Nossa viagem pela Tailândia

Algumas das experiências que vivenciamos foram:

  • Vimos o contraste do moderno e do milenar em Bangkok;

  • Curtimos (e fomos roubados) nas paradisíacas ilhas de Ko Tao e Ko Phangan;

  • Visitamos as impressionantes ruínas de Ayutthaya e Sukhothai;

  • Observamos as gangues de macacos aprontando nas ruas de Lop Buri;

  • Vivemos toda a magia da Festa das Lanternas em Chiang Mai;

  • Experimentamos o melhor (e o pior) da culinária tailandesa;

  • Visitamos os templos únicos de Chiang Rai;

  • Relaxamos e curtimos a natureza em Pai;

  • Navegamos nos tão diferentes mercados flutuantes.

Mercado de Maeklong
Mercado de Maeklong, sobre os trilhos de trem

Tudo isso em 111 dias. Parece muito tempo para pouca coisa? Realmente é. Nós aproveitamos os preços baixos do país para colocar algumas coisas em dia e esperar o clima melhorar nos próximos destinos. Leve isso em consideração quando analisar nossos gastos – se você vier para cá, provavelmente gastará bem menos do que nós gastamos no total, mas sua média diária talvez seja um tanto superior à nossa.

Aqui está quanto gastamos nestes 111 dias:

  • Total: R$ 10458,74;

  • Hospedagem: R$ 4030,72;

  • Restaurante: R$ 2313,47;

  • Transporte: R$ 916,12;

  • Supermercado: R$ 1257,70;

  • Passeios: R$ 110,89;

  • Reposição: R$ 470,43;

  • Outros: R$ 759,61.

Todos os gastos são para duas pessoas.

Gastos viagem Tailândia
Distribuição dos nossos gastos na Tailândia

Nós aproveitamos os preços bons e a boa oferta de produtos da Tailândia para comprar roupas e equipamentos novos que precisávamos. Em “outros” incluímos também a grana que perdemos quando fomos roubados em um hotel (pouco mais de 500 reais; explicamos em “segurança”).

E nossos gastos com “restaurantes” acabaram ficando altos porque é bem difícil encontrar hospedagens com cozinha no país.

A média diária ficou:

  • Total: R$ 94,22;

  • Hospedagem: R$ 36,31;

  • Restaurante: R$ 20,84;

  • Transporte: R$ 8,25;

  • Supermercado: R$ 16,74;

  • Passeios: R$ 1,00;

  • Reposição: R$ 4,24;

  • Outros: R$ 6,84.

Hospedagem

Nós dormimos 106 noites em hotéis e 4 em AirBnb. Destas noites, 3 foram grátis (ganhamos de cortesia em um hotel). As outras 107 nós pagamos normalmente.

Assim, dividindo o total gasto por 107, podemos dizer que nossas hospedagens pagas nos custaram uma média de R$ 37,67 (o que dá menos que 19 reais para cada um). Isso já incluindo IOF, gastos com uso do cartão no exterior, comissão do Booking e tudo mais. E sim, é possível viajar desta forma e até com certo conforto. Algumas vezes pegamos hotéis bem simples, mas em outras nos hospedamos em quartos com ar condicionado e às vezes até hotéis com piscina. Mesmo nas praias é possível conseguir boas bagatelas.

As hospedagens na Tailândia são econômicas. A dica é procurar não só no Booking, mas também em sites como o Agoda e o Hoteis.com.

Por mais estranho que pareça, reservar um hotel pela internet costuma sair mais barato do que diretamente no balcão (mesmo para reservas no mesmo dia). Às vezes chegávamos a um hotel sem reserva e o próprio atendente nos passava a senha do wi-fi para que pudéssemos reservar com desconto pela internet.

Feira flutuante de Lad Mayom - Bangkok
Mercado flutuante de Lad Mayom

Ué, e as praias?

Pois é pessoal, nós deixamos de lado o destino que todos buscam no país: as famosas praias de Ko Phi Phi, Phuket e Crab!

O que aconteceu foi que, quando descemos para o sul do país, a região das ilhas mais famosas (as do oeste) estava com chuvas. Decidimos experimentar as ilhas do leste que tinham tempo bom, mas não curtimos muito lá. Decidimos subir para esperar as chuvas passarem e depois quem sabe curtir os destinos mais famosos do país.

Mas aí aconteceu o festival das lanternas em Chiang Mai (lá no norte). Entre o festival e as praias, escolhemos o festival. Mas, como o festival acontecia já perto da fronteira com o Laos (nosso próximo destino), ficamos com preguiça de descer tudo novamente.

Muita gente deve achar que somos loucos de ir para a Tailândia e não visitar as praias mais famosas. Talvez tenham razão.

Ko Phangan, Tailândia
Nós em Ko Phangan, a ilha onde fomos roubados

Segurança

O risco de você ser assaltado na Tailândia é pequeno se comparado ao Brasil ou à maioria dos países ocidentais. Não é surpresa ver turistas caminhando pelas ruas com suas câmeras penduradas no pescoço, inclusive durante a noite e nas cidades grandes.

Mas isso não quer dizer que não precise ter cuidado. Ainda que a maioria de estrangeiros se sinta segura no país, golpes, furtos, casos de estupro e até assassinatos ocorrem em algumas regiões, às vezes com bastante frequência. Uma pesquisa recente apontou a Tailândia como um dos 20 países mais perigosos do mundo para turistas (http://www.nationmultimedia.com/news/national/30317678).

A situação é mais complicada ao sul de Bangkok, principalmente na região do Golfo da Tailândia e próximo à fronteira com a Malásia. O problema se agrava porque as autoridades não dão muita atenção aos turistas. Se você for roubado, a probabilidade que algum policial se importe é mínima. Provavelmente pedirão uma grana para abrir um BO e tudo ficará por isso mesmo. Os assassinatos costumam ser camuflados (casos de turistas que se “suicidam” nestas ilhas não são raros).

Loy Krathong em Chiang Mai
Monges soltando balões no Festival das Lanternas de Chiang Mai

Tome especial cuidado em Bangkok, Patthaya e nas ilhas de Ko Samui, Ko Tao e Ko Phangan. Em Bangkok os golpes são frequentes, e os golpistas costumam se tornar agressivos quando você não cai no conto deles. Em Patthaya o grande problema é a prostituição. Evite se meter com isso ou terá problemas. Nas ilhas do Golfo a droga e a bebida rola solta. A pior coisa que você pode fazer por lá é ficar bêbado e arranjar briga com um local. Se este local tiver bons contatos, você terá grandes problemas. Roubos a hostels, chalés baratos ou hotéis simples são frequentes, principalmente durante as famosas “Full Moon Party” (leia como fomos roubados aqui). Há vários casos de estupro também (tanto por parte de locais quanto de outros estrangeiros). Mulheres devem evitar de ir desacompanhadas a estas festas.

Tudo isso que dissemos não foi com o objetivo de assustá-lo ou desencorajá-lo a ir para a Tailândia, mas sim para que tenha cuidado. Nós mesmos passamos tanto tempo no país, fomos a vários cantos, saímos diversas vezes pela noite e usamos os transportes públicos mais baratos e nossos únicos problemas foram o roubo que sofremos em Ko Phangan e algumas tentativas de golpe em Bangkok. Com o devido cuidado, temos certeza de que sua experiência será excelente.

Leia nosso post completo sobre golpes na Tailândia aqui.

Wat Sa Si, em Sukhothai
Templo em Sukhothai

Dinheiro

O dinheiro usado na Tailândia é o Baht. Há notas de 20 a 1000 bahts (as de 1000 valem pouco mais que 100 reais e são difíceis de trocar; procure se livrar delas sempre que possível).

Há caixas eletrônicos por todos os cantos, inclusive nas cidades pequenas. Você pode usá-los para sacar dinheiro com seu cartão de débito internacional (cuidado para não usar o cartão de crédito, pois as taxas são absurdas). Os caixas eletrônicos tailandeses cobram uma taxa fixa por saque (algo em torno de 5 dólares), o que torna vantajoso sacar bastante dinheiro de uma vez só.

Casas de câmbio abundam nos principais destinos turísticos. Em geral a moeda que oferece melhor câmbio é o dólar (e costumam pagar mais em notas de 50 e 100 dólares).

Evite trocar dinheiro na rua, e preferencialmente pague os serviços em bahts. Lugares que aceitam dólares costumam oferecer uma taxa de câmbio ruim.

Transporte público

O transporte público na Tailândia é barato, tanto dentro das cidades quanto para viagens de longa distância. O país é quase todo coberto por uma malha ferroviária eficiente, e o preço das passagens de trem às vezes chega a ser simbólico.

Para ter uma ideia, aqui estão alguns gastos que tivemos viajando:

  • Trem BangkokAyutthaia: 15 bahts (R$1,80), cerca de 2h de viagem;

  • Trem Bangkok – Chumphom: 192 bahts (R$ 23,04), 9 horas. Comprando com antecedência consegue por 90 bahts;

  • Barco Chumphom – Ko Tao: 700 bahts (R$ 84);

  • Barco Ko Tao – Ko Phangan: 350 bahts (R$ 42);

  • Trem BangkokLop Buri: 28 bahts (R$ 3,36), cerca de 5 horas de viagem;

  • Trem Lop Buri – Phitsanulok: 49 bahts (R$ 5,88);

  • Van Phitsanulok – Sukhothai: 50 bahts (R$ 6), de 2 a 3 horas;

  • Trem Phitsanulok – Chiang Mai: 65 bahts (R$ 7,80), 7 horas;

  • Van Chiang Mai – Pai: 150 bahts (R$ 18), 3 horas;

Nós sempre procuramos viajar nas classes mais econômicas. Geralmente não há problemas em chegar na hora no terminal e comprar a sua passagem, salvo se estiver viajando em feriados ou datas festivas.

Os trens mais econômicos às vezes possuem assento de plástico ou uma almofada fina. Se estiver disposto a pagar um pouco mais poderá viajar em trens mais rápidos e mais confortáveis, com assentos que vão desde poltronas até camas.

Trem barato na Tailândia
Viajando nos trens econômicos da Tailândia

Em Bangkok alguns ônibus custam menos do que o equivalente a 1 real, e são fáceis de usar (leia sobre como andar de ônibus em Bangkok aqui). Os táxis também costumam ser econômicos (certifique-se de que o motorista liga o taxímetro, pois às vezes querem cobrar valor fechado para estrangeiros).

Só há duas coisas que encarecem o deslocamento na Tailândia: os barcos para as ilhas e a escassez de transporte público em algumas regiões. Se você quiser visitar as várias ilhas paradisíacas do país, prepare-se para gastar uma boa grana com o transporte. Em cidades menores o transporte público não leva a todos os lugares (às vezes é até inexistente), e você dependerá de tuk tuks ou de alugar uma moto (falamos disso no tópico a seguir).

tuk tuk em Bangkok, Tailândia
Tuk-tuks em Bangkok

Aluguel de moto

Na Tailândia (assim como nos países vizinhos) é muito comum que turistas aluguem moto nas cidades pequenas para visitar as atrações com mais liberdade. Uma scooter automática fica na faixa dos 200 bahts por dia (embora em alguns lugares conseguimos até por 100 bahts). Em geral não é nem preciso ter carteira de motorista, mas o uso do capacete é obrigatório (mesmo que os locais não usem, se a polícia te pegar sem capacete você terá problemas).

As agências costumam pedir o passaporte ou um dinheiro como depósito. Por isso, fique atento a quaisquer riscos ou amassados que a moto tenha, e procure fotografá-los antes de sair para evitar qualquer problema na devolução. Se for alugar em uma agência, veja se ela possui recomendações ou críticas na internet. Se possível, alugue diretamente no seu hotel (os hotéis não costumam exigir depósito ou passaporte).

Não sabe andar de moto? Não tem problema: eles te darão uma pequena aula antes.

Passeando de scooter em Pai
Passeando de scooter em Pai

Idioma

O idioma tailandês é difícil e usa letras completamente diferentes das que estamos acostumados. Alguns sons são difíceis de pronunciar (inclusive para eles).

Nas regiões mais turísticas, como em Bangkok, Ayutthaya, Chiang Mai ou nas ilhas, você não terá dificuldades em se comunicar em inglês. Quase todos falam pelo menos o básico, assim é possível perguntar o preço ou pedir um prato de comida. Os menus costumam estar em inglês e ter fotos. Também não é raro encontrar tailandeses que entendam um pouco de espanhol e às vezes até de português.

Se você for se aventurar por rotas diferentes das tradicionais é bem possível que encontre com pessoas que não falam absolutamente nada de qualquer outro idioma. Nestes casos, o jeito é apelar para a mímica. Se quiser ir para algum destino, é uma boa ter uma foto dele no celular ou pedir para alguém escrevê-lo em tailandês em um pedaço de papel.

Para ser educado, aqui está o básico que você deve saber falar (escrevi exatamente da forma que se pronuncia em português):

  • Rá / Kap: Diga isso no final de algumas palavras para deixar a frase mais polida. Mulheres falam “rá” e homens falam “kap” (embora o som dos homens varia com a região, podendo ser também “ka”, “krap”, “klap” ou até algo parecido com “rá”). Este complemento às vezes é combinado com palavras em inglês. Por exemplo, dizer “thank you rá/kap” é mais educado do que apenas “thank you”.

  • Sawadi rá/kap: É um cumprimento, algo como “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”. Como resposta, pode-se dizer simplesmente “rá” ou “kap”, dependendo se você é homem ou mulher.

  • Kap khum rá/kap”: Significa “obrigado”. Você pode responder apenas “rá” ou “kap”.

Mucuvinha x Sagat
Mucuvinha lutando com o Sagat em Ayutthaya

O povo

A maioria dos tailandeses são simpáticos e atenciosos, embora achamos a realidade um tanto distante da “terra do sorriso” que dizem por aí. A verdade é que alguns conseguem ser tão antipáticos que até assusta (ainda mais se você tiver vindo do Myanmar, onde o povo é extremamente hospitaleiro). Mas, de um modo geral, você encontrará bem mais pessoas agradáveis do que desagradáveis pelo caminho.

Seja como for, o tailandês típico pode ser bastante educado, sorridente e te oferecer ajuda sempre que você precisar, mas ele costuma ser reservado e tímido (pelo menos com desconhecidos). Tome cuidado com pessoas muito extrovertidas e que exageram na simpatia, pois às vezes são golpistas. A maioria dos golpes em Bangkok começa com: “De onde você é? Brasil? Nossa, que legal, meu sonho é ir para o Brasil. Sabia que minha sobrinha mora em São Paulo? Olha só, tenho aqui uma foto dela…”.

Visto, entrada, exigências…

Brasileiros não precisam de visto para visitar a Tailândia, e podem permanecer no país por até 3 meses como turistas (para portugueses, o tempo é de 1 mês). Se quiser ficar mais, o que muita gente faz é dar um pulo rápido na Malásia ou outro país vizinho para estender o prazo.

Note que há um limite de duas entradas por ano por via terrestre (por avião aparentemente não há esta restrição). Já escutamos relatos de gente que conseguiu entrar e sair por terra mais vezes em um ano, mas não sabemos dizer se isso funciona sempre ou em qualquer fronteira.

Quem reside no Brasil (ou em qualquer outro país com risco de febre amarela) precisa estar vacinado contra esta febre e ter a carteirinha internacional de vacinação. Se você nunca tomou a vacina, tome. É de graça. Se não tem a carteirinha, pode emiti-la sem custo algum pela Anvisa. Ainda que nunca nos pediram (sempre entramos por terra), dizem que o controle é bem rigoroso nos aeroportos.

Brasileiros que vivem em países sem risco de febre amarela não necessitam da carteirinha, mas precisam passar no “health control” antes de fazer a imigração.

Não se paga nada para entrar ou sair da Tailândia.

Mercado de Amphawa
Mercado de Amphawa

Comida

A cozinha tailandesa pode oferecer pratos deliciosos, e muitos turistas inclusive aproveitam o tempo no país para fazer um curso rápido de culinária. Dentre os pratos típicos, estão o Pad Thai (um macarrão frito, servido com legumes, brotos de feijão e alguma carne), o mango rice (isso mesmo, arroz com manga) e o arroz frito. Frutos do mar costumam estar bastante presentes, e não é raro ver espetinhos de camarão ou de lula sendo vendidos pelas ruas ou nas feirinhas.

Mas há alguns detalhes que você precisa tomar cuidado com a comida tailandesa. O principal é a pimenta: um prato tailandês pode ser extremamente ardido, mesmo para aqueles que já estão acostumados. Nos lugares mais turísticos é bem possível que o pessoal alivie na pimenta, mas se for comer em um restaurante simples que não costuma receber estrangeiros, tome cuidado.

Comida na Tailândia
Prato de Arroz com Porco – servido em uma feira de rua de Bangkok por 60 baths

Outro detalhe que pode ser difícil de acostumar é que às vezes a comida é doce. De fato, nos restaurantes locais, em vez de colocarem um saleiro sobre a mesa, colocam um pote de açúcar. Se você comprar um espetinho muito brilhante em uma feirinha, é bem possível que ele seja doce. As sopas e os Pad Thai também costumam ser adocicados. Os molhos estilo barbecue também fazem bastante sucesso.

Um almoço simples na Tailândia custa na faixa dos 50-60 bahts, embora já encontramos pratos até por 35 bahts em algumas regiões. As porções não costumam ser generosas, por isso é comum que se complemente o almoço com um espetinho, frutas ou alguma bolacha.

Camas duras

As camas da Tailândia podem ser bem duras, inclusive nos hotéis mais luxuosos. Às vezes dormíamos em lugares onde o colchão parecia feito de concreto (e isso não é exagero). Não sei se à um costume dos tailandeses ou não, mas o fato é que, se você curte uma cama macia, pode sofrer um pouco. Antes de reservar, procure ler os comentários de outros hóspedes para ver se dizem alguma coisa a respeito.

Ônibus em Bangkok
Chinatown em Bangkok

Água

A água da torneira não é recomendável para o consumo. Uma garrafa d’água de 1,5l nos mercados custa na faixa dos 10 a 20 bahts (R$1,20 a R$ 2,40).

Muitos hotéis oferecem água grátis para seus hóspedes. Outra opção é procurar máquinas nas ruas que vendem água purificada. O preço é simbólico: na faixa de 1 baht por litro (12 centavos). Nós vimos estas máquinas em todas as cidades por onde passamos, exceto nas ilhas. Assim, ir recarregando a sua garrafinha é uma boa forma de economizar e ainda evitar o desperdício de plástico no planeta.

Massagem

A Tailândia é famosa por suas massagens que, além de terem uma tradição milenar, ainda são muito baratas. Por menos de 150 bahts (R$ 18) você pode receber 1 hora de massagem na rua. Se subir o orçamento para uns 200 bahts (R$ 24) já poderá ter um atendimento mais exclusivo em uma clínica simples. Suba para uns 500 (R$60) bahts e terá uma experiência relaxante em um spa luxuoso.

Mas há algumas coisas importantes que você deve saber. A massagem tailandesa (“thai massage”) pode ser bastante dolorida, principalmente para quem está fazendo pela primeira vez. É uma sequência de puxões, apertos, pisadas, torções… portanto, se estiver procurando algo relaxante, dê preferência às massagens de óleo, massagens nos pés e a fins. Os preços são parecidos.

Massagem Tailandesa

Também recomendamos procurar uma clínica com boas referências e profissionais certificados. Não são raros os casos de turistas que vão parar no hospital por conta de uma massagem mal feita. O TripAdvisor é um bom lugar para ler as recomendações de outros turistas.

É bom lembrar que a massagem tailandesa envolve muito contato e geralmente é aplicada por mulheres. Isso fez com que esta massagem ganhasse má fama em alguns lugares do ocidente, sendo às vezes até ligada à prostituição. Mas não se preocupe: uma clínica séria na Tailândia jamais vinculará seus serviços com qualquer tipo de erotismo.

Monges e Religião

O budismo está intimamente ligado aos costumes e à cultura tailandesa. É comum ver em todos os cantos, junto à bandeira nacional, uma bandeira amarela, que representa esta religião. Nos hotéis, restaurantes, feiras, casas e até nas ruas não é raro encontrar altares dedicados ao Buda.

Cerca de 95% da população da Tailândia é budista. Há também uma comunidade muçulmana considerável no sul e em algumas regiões montanhosas, como Pai. Cristãos são bem poucos. E, como é esperado que cada homem tailandês viva pelo menos um curto período de sua vida como monge, você não terá dificuldades para encontrá-los, seja nos pequenos povoados do norte, nas ilhas ou na grande Bangkok. Mas esqueça aquele estereótipo de monges que vivem nas montanhas e passam o dia todo meditando: aqui você verá monges com celular, monges passeando de férias, monges crianças aprontando pelas ruas e até monges pilantras que tentarão te passar a perna. Há inclusive templos onde, em determinados horários, os monges recebem os estrangeiros para conversar, aproveitando a oportunidade para treinar seu inglês. E os assuntos não se limitarão à fé ou à busca espiritual, mas abrangerão temas como política, futebol, cinema e muito mais.

Festival das Lanternas em Chiang Mai
Monges jovens durante uma celebração em Chiang Mai

Templos é o que não faltam no país. Para visitá-los (mesmo aqueles que estão em ruínas) é exigido estar com roupas apropriadas: calças ou saias que cheguem pelo menos à altura dos joelhos e camisas que cubram os ombros. Barriguinha de fora não é permitido.

Tatuagem

Cada vez mais e mais estrangeiros vão à Tailândia em busca de fazer uma autêntica tatuagem com bambu. A experiência pode ser bem interessante e muitos tatuadores fazem trabalhos geniais. Mas, assim como para a massagem, na tatuagem também é preciso ficar atento às referências do profissional. Evite lugares muito baratos ou que foram indicados pelo taxista, pois pode ser roubada. Também tome cuidado com monges que tatuam “de graça”, pois depois do serviço você será cobrado caro pelo material ou intimado a fazer uma doação voluntária de 1000 reais. Acerte o preço antes de fazer o serviço.

Outra coisa que vale lembrar é que tatuar no corpo imagens do Buda é considerado uma ofensa grave na cultura tailandesa.

Elefantes

Infelizmente o turismo com elefantes se tornou bem popular no país, e isto está levando estes belos animais à extinção. Algumas fontes dizem que já não há mais elefantes selvagens na Tailândia, e que mais e mais estão sendo trazidos do vizinho Myanmar.

Se você veio para estes lados com este sonho, lembre-se que aquele animal que deixa você montar em suas costas ou que parece sorridente nas selfies foi e continua sendo torturado para aceitar o contato com humanos. No fim do dia eles são acorrentados a postes da mesma forma que acorrentamos nossas bicicletas, a fim de que no dia seguinte voltem a agradar centenas de estrangeiros que dizem amar os elefantes.

Elefantes em Ayutthaya
Turistas andando em elefantes, um passeio infelizmente popular no país.

Se você gosta realmente de elefantes, não vá vê-los. Não importa se o folder oferecido pela agência diz que eles são amados e bem tratados. Papel aceita qualquer coisa. É claro que se disserem “venha conhecer nosso centro de tortura de animais” ninguém iria. Por isso, usam palavras como “santuário” e “centro de resgate”. Costumam contar histórias bonitas sobre como aqueles animais foram comprados de torturadores e trazidos para uma nova vida maravilhosa. Tudo balela. Não há uma realmente preocupada em reintroduzir os animais à vida selvagem. Tudo o que querem é ganhar dinheiro. Assim, a única forma de salvar estes animais é acabando com o turismo. Acabou o turismo, acabou a exploração. Simples assim.

É isso, pessoal! Espero que tenham curtido nossas dicas sobre a Tailândia. Se discordam de algum ponto ou têm mais dicas para acrescentar, comentem aí!

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2 comentários sobre “Mochilão pela Tailândia – preços, dicas, lugares para visitar e muito mais!

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