Mendoza é a grande produtora de vinhos argentinos. Quem for para lá poderá visitar lindas vinícolas e degustar dos melhores vinhos do mundo. Mas esta interessante capital vai muito além disso.
Data da viagem: outubro 2015
câmbio:
1 dólar = 16 pesos
1 real = 4 pesos
Tendo sido quase que totalmente destruída em um terremoto que ocorreu há pouco mais de 1 século, a Mendoza de hoje é uma cidade moderna, planejada, com avenidas largas e quadras bem definidas. Não adianta vir para cá buscar por prédios históricos porque vai ficar decepcionado.
Um fato bastante interessante a se observar é que Mendoza é um pequeno oásis no meio do deserto. Para manter a bela área verde da cidade, é utilizado um complexo sistemas de dutos que distribuem a água que escorre do degelo dos andes. Ao andar pelas ruas da cidade, pode-se observar a água passando pelos córregos ao lado das ruas (em princípio podem parecer esgoto a céu aberto, mas é água limpa). Em alguns pontos há comportas que controlam o escoamento da água.
A província também se destaca por ser o limite até onde chegou o império Inca (embora não tenha restado nada do império além de um ou outro muro erguido nas cordilheiras).
O que fazer em Mendoza
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Passear pela cidade
Caminhar pelas ruas de Mendoza é muito fácil. A cidade possui uma praça central e 4 praças menores ao redor dela. Um passeio bacana é caminhar por essas 5 praças, e depois pelo paseo Sarmiento, uma rua para pedestres. Peça um mapa no informações turísticas para facilitar o passeio.
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Bosque
Seguindo para o leste até o final da cidade, há um enorme e belo bosque. Por ali pode-se passar horas caminhando.
Para chegar ao bosque, o ideal é pegar um ônibus no centro, ou caminhar umas 15 quadras até chegar lá (o que pode ser um pouco incômodo nos dias frios).
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Cerro de la Gloria
É o monumento presente na nota de 5 pesos, uma homenagem às tropas do libertador San Martín, que cruzaram os Andes em direção ao Chile. Fica no final do bosque, ao lado do zoológico.

É bastante longe para se chegar a pé, por isso o ideal é pegar um ônibus que te leve até lá (saem de diversos pontos do centro, basta dar uma perguntada).
Há excursões que levam até lá também, mas não valem a pena pelo preço que cobram.
A visita ao Cerro é gratuita. Para chegar ao topo, tem que enfrentar uma subida de uns 30 minutos.
Ao lado do cerro há um zoológico que estava fechado no momento da nossa visita.
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Vinícolas
Há diversas vinícolas nas cidades vizinhas de Mendoza, como Luján de Cuyo e Maipu. Há transporte público para estes lugares (uma excursão cobraria 250 pesos por pessoa só para levar até lá).
Para visitar a vinícola, o preço pode variar de 50 a 200 pesos, dependendo do tamanho e da fama do lugar. Procure se informar nas informações turísticas ou no site das vinícolas o horário de visitação.
Deslocamento
Como quase toda cidade argentina, os ônibus internos de Mendoza não aceitam dinheiro, somente o cartão de transporte. O ideal é fazê-lo logo que se chega na cidade (é possível comprá-lo no terminal) e ir carregando conforme a necessidade.
Também há bicicletas para emprestar na cidade, que são gratuitas pelas primeiras 2h.
Outra opção um pouco mais cara é andar de táxi.
Onde se hospedar
A cidade não é muito grande. O ideal é se hospedar próximo ao centro ou próximo ao terminal rodoviário (onde há opções bem mais em conta). Praticamente todo canto da cidade pode ser alcançado a pé, para quem tiver um pouco de disposição.
Chegando e saindo
É possível chegar a Mendoza por avião (o aeroporto está longe da cidade) ou de ônibus (é possível chegar facilmente a pé do terminal ao centro da cidade).
Várias estradas passam por perto da cidade, mas não conseguimos encontrar um ponto bom para quem quiser pegar carona. Nos pareceu que o ideal é pegar um ônibus para uma cidade pequena próxima (os ônibus dentro da província de Mendoza são muito mais baratos que nas outras províncias) e de lá tentar carona.
Cidades vizinhas
O principal atrativo de Mendoza, na nossa opinião, são suas cidades vizinhas, localizadas nas montanhas. Para visitar esses lugares tranquilamente, o ideal seria alugar um carro, mas é possível chegar até elas de ônibus sem problemas (os ônibus costumam ir e voltar em um intervalo de 3h).
A empresa que leva para as montanhas é a A. Buttini, e os ônibus saem do terminal.
As principais cidades são:
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Cacheuta
Preço da passagem: 35 pesos.
Distância: 1h30min.
Cidade famosa pelas águas termais, possui um pequeno parque aquático e um resort. Se estiver viajando fora de temporada e durante a semana, convém se informar se estão abertos antes de ir para lá.

A entrada aos parques custa em torno de 100 pesos.
Para quem quiser economizar, descendo a estrada há um poço de águas termais gratuito, pouco conhecido. Pergunte para os locais como faz para chegar lá.
No mais, há uma ponte grande para passar caminhando, um pequeno rio de água gelada e algumas lojas de artesanato. A cidade é minúscula, e não vale a pena ficar ali mais que uma tarde (a não ser que você queira passar vários dias relaxando nas águas termais).
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Potrerillos
Preço da passagem: 35 pesos.
Distância: 1h
Pequeno povoado localizado ao lado de uma lagoa, possui belas vistas para umas fotos e só. Vale a pena dar uma parada rápida por ali quando estiver indo para Uspallata, pois fica na metade do caminho.
- Las Vegas
Pequeno povoado localizado nas montanhas próximo a Potrerillos, parece uma cidade fantasma na baixa temporada.
Possui um visual bonito das montanhas e algumas trilhas para se fazer, mas achamos que não compensa ir pra lá.
Quando fomos, não havia uma hospedagem aberta. Ficamos no camping, onde uma mulherzinha apareceu para cobrar e só. Disse que voltaria para esquentar a água do banho mas nunca mais apareceu.
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Uspallata
Preço da passagem: 70 pesos (ou 40 para quem estiver vindo de Potrerillhos).
Distância: 2h30min
É a maior das cidades das montanhas, e a única onde vale a pena ficar hospedado. Serve como base para visitar as inúmeras belezas da região.
Também é famosa porque ali perto foram feitas as filmagens de “Sete Anos no Tibet”, filme estrelado por Brad Pitt.
Ficamos no hostel Sarandi, por 350 pesos num quarto de casal privado (difícil encontrar opções econômicas por ali).
Os principais atrativos de Uspallata são:
Aconcágua
Maior pico das américas, fica localizado há cerca de 2h de Uspallata.
Mesmo para quem não quiser escalar, vale a visita para fazer a pequena trilha até o mirante.
A visita é gratuita e é possível chegar lá de ônibus (a passagem custa 35 pesos. Avise o motorista que você quer descer na entrada do parque, senão ele passa direto). Fique ligado no horário que o ônibus volta.
Qualquer coisa, tente pegar carona para voltar. Não ficamos nem 15 minutos com o polegar levantado e já parou um caminhão para nos dar carona.

Note que lá faz muito mais frio que em Uspallata (quando fomos, em Uspallata fazia 25° e lá fazia -2°), portanto procure se informar antes de ir e leve roupas adequadas.
De lá vale a pena descer a pé até Puente Inca, a cerca de 2km dali.
Puente Inca
É uma ponte natural, com uma coloração interessante. Ali se pode ver as ruínas de um antigo resort de águas termais que foi abandonado por estar causando danos ambientais.

Não há muito o que fazer ali além de tirar fotos. Para quem for escalar o Aconcágua, vale a pena hospedar-se no refúgio que existe ali.
É possível chegar ao local de ônibus (a passagem custa 35 pesos).
O ideal é aproveitar e já visitar o Aconcágua também (leia o tópico anterior).
Cerro de las 7 Colores
Uma formação rochosa interessante pelas cores que forma. O local possui um visual bonito, mas não tão incrível quanto ao que se vê seguindo para os Andes.
Vale a pena alugar uma bicicleta em Uspallata para ir até lá (o aluguel custa 25 pesos/hora em Uspallata).
Las Cuevas
Não chegamos a ir até lá, mas fica um pouco mais além do Aconcágua e a passagem para lá custa 70 pesos.
São pequenas grutas e formações rochosas em meio às cordilheiras.
Las Bovedas
Localizado a cerca de 3km de Uspallata, é um antigo lugar construído pelos jesuítas (ou melhor, pelos escravos) para fundir metais que seriam levados à Espanha.

Há um pequeno museu no local falando sobre os povos que viveram na região.
A visita é gratuita e pode-se chegar até lá a pé ou de ônibus municipal.
Dicas:
- Quando for às montanhas, verifique a temperatura por lá antes de sair de casa. A temperatura varia muito de um lugar a outro (por exemplo, em Mendoza pode estar 30 graus e na Puente del Inca estar por volta dos zero graus.
- Em quase todo lugar é possível chegar de transporte público. Para ir às montanhas, a empresa que leva é a A. Buttini. Contratar uma agência de turismo pode te custar 10x mais.
- Conheçam mais lugares imperdíveis na Argentina aqui!
E aí, já foi para Mendoza? Alguma dica para quem for para lá? Comentem aí! 🙂
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3 comentários sobre “Mendoza – conheça esta cidade que vai muito além dos vinhos!”
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