Iquitos – uma aventura econômica pela selva amazônica

Já havíamos nos aventurado pela selva na região de Nauta. Agora, é hora de descrever como foi nossa aventura na região de Iquitos!

Referência (julho/2016)
1 real = 1 sol peruano
1 dólar = 3,30 soles

Bicho-preguiça da selva amazônica
Bicho-preguiça da selva amazônica

Descendo o rio Amazonas a partir de Iquitos há uma infinidade de coisas interessantes para se ver: golfinhos, comunidades nativas, projetos para cuidar de animais e, sobretudo, muita selva! Fizemos um passeio de três dias por esta região, e foi uma experiência única. Por sorte, encontramos uma das poucas (se não a única) agência de Iquitos voltada para mochileiros, o que nos permitiu viver tudo isso. Enfim, eis que é possível conhecer a Amazônia sem gastar muito dinheiro!

Um dos dóceis aninais que se encontra na selva
Um dos dóceis aninais que se encontra na selva

Quem leva?

Praticamente todas as agências de viagem de Iquitos levam a um lodge na selva, e os preços giram em torno de 200 euros por noite.

A agência mais barata que encontramos (e possivelmente a única voltada para mochileiros) foi a Selva Aventura (https://www.facebook.com/selvaventura.jungletrips), cobrando 65 dólares por noite para um pacote de 4 dias (estudantes têm desconto), com tudo incluído (menos a ayahuasca, caso queira experimentar). Seu dono é uma excelente pessoa que, ironicamente, se chama Hitler. Se quiser entrar em contato com ele, seu telefone (e whatsapp) é: +51 993 613112

Mais detalhes de valores e do passeio no site da agência.

Seguindo de barco pelos rios da Selva Amazônica
Seguindo de barco pelos rios da Selva Amazônica

O tour

Nós fomos com a Selva Aventura, que possui um lodge na selva, a cerca de 1h de Iquitos de barco em lancha rápida. Nosso guia foi o Glen, um rapaz da região com muito conhecimento de selva.

1° dia

Partimos da agência da Selva Aventura de moto-táxi às 9h até o porto turístico de Iquitos. De lá, pegamos uma lancha rápida seguindo o rio Amazonas até um pequeno povoado, a 45 minutos de Iquitos, onde descemos e pegamos um barco da agência. Dali até o lodge foram cerca de 20 minutos por um dos afluentes do Amazonas.

Relaxando no lodge da Selva Aventura
Relaxando no lodge da Selva Aventura
Que tal um hostel na selva?
Que tal um hostel na selva?

O lodge era bem rústico, com dois quartos compartilhados (estilo hostel, mas com mosquiteira em cada cama). Ficamos em um quarto com um argentino e duas suíças.

Relaxamos na rede até o almoço ser servido – peixe, arroz e salada.

Pela tarde, seguimos de lancha até o Amazonas, onde mergulhamos com golfinhos (na verdade só eu me animei de mergulhar; o resto do pessoal ficou olhando do barco mesmo). Estava chovendo bastante, mas o calor era forte, e pular na água foi ótimo!

Mergulhando com golfinhos no rio Amazonas. Infelizmente eles não se aproximaram, mas já valeu pelo visual!
Mergulhando com golfinhos no rio Amazonas. Infelizmente eles não se aproximaram, mas já valeu pelo visual!

Voltamos para o lodge no fim da tarde para jantar. Iríamos fazer uma caminhada noturna, mas por conta da chuva acabamos adiando para o dia seguinte. Glen (nosso guia) comentou que, pela noite, o xamã do povoado faria o ritual da Ayahuasca (o Santo Daime), e perguntou se gostaríamos de participar. Custava 100 soles, e acabei topando. Aqui descrevo como foi minha experiência:

Minha experiência com o Santo Daime

2° dia – manhã (selva)

Acordamos às 7h, tomamos um banho gelado (isso foi suficiente para me recuperar da Ayahuasca) e fomos para o café-da-manhã.

Às 9h seguimos de lancha rio adentro por quase 2h para fazer uma caminhada pela selva. Éramos nós dois, o argentino e as duas suíças, e dois guias (Glen e Juan) nos acompanhavam.

Caminhada pela selva
Caminhada pela selva

Chegando ao destino, paramos o barco, colocamos nossas galochas e seguimos. A caminhada pela selva é impressionante, e um bom guia é fundamental. Depois de dar uns 20 passos já não tínhamos ideia de como voltar para o rio.

Neste passeio aprendemos muito. Estávamos sem repelente (quando chegamos lá descobrimos que o nosso estava vencido, e já não fazia efeito nenhum), e Glen nos ensinou a usar um natural: deveríamos meter a mão em um cupinzeiro e esfregar os cupins na pele. Não sei dizer se dá certo com qualquer cupim ou se é só com aquele específico, mas o fato é que resolveu nosso problema.

Cupim - um repelente de insetos natural
Cupim – um repelente de insetos natural

Depois ainda nos ensinou a usar iodo natural (fica dentro da casca de uma árvore específica) para curar as picadas que já tínhamos. Ainda tomamos água dos cipós e vimos uma árvore tremenda, de cerca de 700 anos.

A caminhada durou cerca de 1h. Sentimos vontade de voltar e fazer algum tour de sobrevivência de vários dias. Quem sabe no futuro…

Voltamos para o lodge e almoçamos.

Árvore gigante, de cerca de 700 anos, na selva amazônica
Árvore gigante, de cerca de 700 anos, na selva amazônica

2° dia – tarde (Isla de los Monos)

Depois do almoço seguimos de lancha até a Isla de los Monos (Ilha dos Macacos), um projeto que busca ajudar na preservação de várias espécies de macacos da região. Na ilha é possível ver vários deles andando soltos, assim como um ou outro animal, como o bicho-preguiça.

A entrada para a ilha já estava incluída no passeio.

Leia mais sobre a Isla de los Monos aqui:

Conhecendo Isla de los Monos

Passamos cerca de 3 horas aí, que passaram voando. No fim da tarde, pegamos a lancha de volta ao lodge para jantar.

Com um macaquinho na Isla de los Monos
Com um macaquinho na Isla de los Monos

2° dia – noite (caminhada pela selva)

Por volta das 21h Glen perguntou se queríamos ir fazer uma pequena caminhada noturna pela selva. Nós obviamente dissemos que sim, mas ninguém mais se animou. Assim, lá fomos nós, em mais um passeio privado.

Pegamos a lancha e seguimos até um pequeno povoado, de onde partia uma trilha fácil.

Ouvir os sons da selva pela noite foi bastante interessante. Glen nos ensinou como diferenciar o ruído de pássaros, sapos, rãs, macacos e jacarés. Vimos borboletas, vários sapos (inclusive um minúsculo que nunca havíamos visto) e uma tarântula gigante. Glen garantiu que ela era inofensiva, assim tirei uma foto com ela.

Este passeio foi curto, mas bem interessante. Voltamos para o lodge depois de uns 40 minutos, onde tomamos um banho e fomos dormir.

Com uma tarântula no braço
Com uma tarântula no braço
Sapinho minúsculo entre as folhas - sorte que o guia tem a vista boa
Sapinho minúsculo entre as folhas – sorte que o guia tem a vista boa

3° dia

Acordamos cedo para nossos últimos passeios. Tomamos café-da-manhã e saímos para pescar piranhas. As suíças foram em um outro tour, e o argentino não se animou de sair, então fomos novamente em um tour particular.

Seguimos de barco até um outro rio e começamos a pesca. No começo foi sofrido, mas com o tempo pegamos o jeito, e conseguimos voltar com vários peixes, entre eles piranhas e sardinhas.

A Michele pescando uma mini-piranha
A Michele pescando uma mini-piranha

Depois de cerca de 1h de pescaria, seguimos até um projeto de resgate de animais, que visava cuidar e ajudar na reprodução de espécies em extinção.

Ali fomos guiado por um dos responsáveis do projeto, que nos mostrou alguns sapos, tarântulas, bichos-preguiça, tartarugas e até uma anaconda (que estava em fase de mudança de pele). Contou que estavam começando, mas que já haviam salvado vários animais e que faziam o trabalho de conscientizar a população nativa a cuidar da fauna e da flora da Amazônia.

Uma anaconda. Por sorte, essa ainda é bem jovem!
Uma anaconda. Por sorte, essa ainda é bem jovem!

Achamos a ideia do projeto bem legal, e conseguimos tirar fotos destes animais bem de perto.

Dali voltamos para o lodge, onde almoçamos (comemos até os peixes que pescamos!), arrumamos as malas e voltamos para Iquitos. Chegamos à cidade por volta das 16h, com a certeza de que voltaremos à selva em férias futuras!

Almoçando nossas piranhas recém pescadas
Almoçando nossas piranhas recém pescadas

O que levar?

  • Muito repelente e protetor solar.
  • Óculos de sol, se tiver.
  • Roupa de banho para nadar com os golfinhos (eles fornecem salva-vidas para quem não sabe nadar).
  • Uma garrafa de água para os passeios. No lodge tem água mineral para você recarregá-la.
  • Capa de chuva – o clima na selva muda completamente em questão de segundos.
  • Muito espaço na memória da câmera!
Crianças jogando bola em uma pequena comunidade da selva
Crianças jogando bola em uma pequena comunidade da selva

Para mais dicas de lugares surpreendentes, curtam nossa página no face!

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4 comentários sobre “Iquitos – uma aventura econômica pela selva amazônica

  1. Hola Renan y Michelle!
    Yo por aquí esta vez. Estoy leyendo sus datos de Iquitos, maravilloso todo. Que bueno que los encontré y ustedes van un paso adelante para resolver nuestras dudas jaja <3
    Lo de los monos me dejó loca! estoy pensando seriamente en hacer ese voluntariado. Ojalá el Edu me siga, lo voy a convencer.
    Una pregunta, en el tour les entregan botas largas o hay que llevar?
    Eso, un abrazo grande y Buen viajeee <3 sigan descubriendo el mundo.

    1. Hola Camila!
      Nos alegra mucho saber que nuestos posts están ayudando! 🙂
      En el tour si te entregan las botas, no te preocupes! Solo es interesante llevar un poncho para la lluvia. Ah, y mucho repelente! Nosotros nos olvidamos! Ahi nos enseñaran a hacer uno natural con unas hormigas, pero sufrimos un poco jajajaj
      La isla de los monos es muy linda si! Hay una oficina de ellos en el centro de Iquitos, allá pueden averiguar de hacer el voluntariado. O en el tour pueden preguntar (la isla se queda justo en frente de donde es el hospedaje en la selva).
      Saludos y que sigan disfrutando!!

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