Singapura – o que fazer de maneira econômica

A Singapura é um país bem caro, mas é possível conhecê-lo gastando pouco dinheiro. Aqui damos todas as dicas para aqueles que viajam com o orçamento apertado!

Câmbio oficial (fev/2018):
1 real = 0,40 dólar singapurense
1 dólar (EUA) = 1,33 dólar singapurense
1 euro = 1,63 dólar singapurense

Singapura de noite
Singapura pela noite

A Singapura é um país pequeno, bonito, organizado, seguro e caro. Bem caro. A cidade de Singapura, inclusive, foi classificada pela Forbes em 2017 como a cidade mais cara do mundo, seguida por Hong Kong e Zurique. Este pequeno detalhe acaba afastando daqui aqueles que viajam de maneira econômica.

Pois bem, Singapura realmente é cara, mas não é impossível visitá-la de maneira econômica. Talvez morar por aqui seja caríssimo, mas um viajante provavelmente vai gastar menos em Singapura do que gastaria visitando os EUA, Japão ou Europa, por exemplo. Há lugares para almoçar por menos de 10 reais, uma infinidade de atrações gratuitas, o transporte público funciona muito bem e, reservando com antecedência, consegue hostels bastante econômicos.

Se você é daquele que viaja sem grandes luxos, aqui damos todas as dicas para visitar Singapura sem gastar muito!

Ônibus turístico no centro de Singapura
Ônibus turístico no centro de Singapura

Nossos gastos

Nós passamos 4 dias/3 noites em Singapura e gastamos o equivalente a 350 reais em duas pessoas (ou seja, R$175 para cada um). Isso incluindo tudo: hospedagem, passagem de ônibus para ir e voltar da Malásia, comida, transporte local, supermercado, IOF e as taxas bancárias. E, apesar de não termos entrado em museus pagos ou comido em lugares chiques, deu para aproveitar bastante o país.

Idioma

Há três grupos principais (tanto de imigrantes quanto de descendentes) vivendo em Singapura: indianos, chineses e malaios. Há também uma grande quantidade de ocidentais que vão para lá em busca dos grandes salários ou de melhor qualidade de vida.

Estes grupos conversam entre si no idioma de seu país de origem, mas usam o inglês para se comunicarem com outros grupos. Assim, ainda que o inglês não seja falado com perfeição por todos, é uma língua que todos compreendem. Os avisos e letreiros costumam ser escritos nos quatro idiomas (inglês, indiano, chinês e malaio).

Hospedagem

Este talvez seja o principal gasto de quem vai para Singapura: as hospedagens realmente são caras se comparadas aos outros países do sudeste asiático. Mas, se reservar pelo Booking ou Agoda com antecedência (uns 4 ou 5 dias antes já é suficiente), conseguirá bons descontos. Evite ir fim de semana ou em feriados, pois alguns hotéis sobem os preços.

Nós ficamos no hostel JoyFor pagando o equivalente a 38 reais por pessoa (14 dólares singapurenses) em um quarto compartilhado. Valeu a pena reservar com antecedência, pois pagando na hora o preço seria de 20 dólares singapurenses.

Não podemos dizer que este hostel era bom, mas era econômico e perto do metrô. Dá até para ir para o centro a pé, se você tem disposição para caminhar. Além disso, apesar de não ter uma cozinha completa, dão água quente, o que te permite preparar um miojo ou um noodles.

Se quiser buscar por promoções em Singapura, pode fazer por aqui:



Booking.com

Agora, se você é daqueles que viaja em economia extrema e não se importa em nada com luxo, uma opção é dormir de graça no aeroporto (só não vá dizer na imigração que você pretende dormir lá). O aeroporto, apesar de longe, é interligado com a rede de metrô, o que facilita muito as coisas.

Transporte

O transporte público em Singapura funciona bem, e o metrô vai para praticamente qualquer canto do país. Não é muito barato, mas sem dúvidas é mais econômico do que andar de táxi. Uma corrida costuma sair entre o equivalente a 4 e 6 reais, dependendo da distância percorrida. O preço é calculado mais ou menos da seguinte forma: 1,30 dólares singapurenses para a primeira estação, depois 10 centavos a mais por cada estação adiante (pode variar um pouco, mas essa é a ideia).

Pegar o metrô é fácil: há terminais de auto-atendimento nas estações onde você marca para onde quer ir. Ela dá o preço e você insere o dinheiro (o troco máximo é de 4 dólares). Da primeira vez que você fizer, será cobrado 10 centavos por um cartão. Depois, é só ir recarregando este cartão na própria máquina (na terceira corrida eles devolvem os 10 centavos).

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Também há a opção de fazer um cartão turístico. Este custa 10 dólares por 1 dia (16 dólares por 2 dias ou 20 dólares por 3 dias) e você pode andar à vontade (inclusive nos ônibus). Note que é preciso passar o cartão para entrar e para sair da estação. Assim, não adianta fazer um cartão só e tentar usar com um monte de gente que não vai dar certo.

Nós não chegamos a andar de ônibus (a não ser para ir até a fronteira), mas eles também andam por todos os lados. O ruim deles é que não dão troco: é preciso pagar o valor exato da passagem (ou usar o cartão turístico). Como o valor varia de acordo com a distância percorrida, achamos muito complicado andar desta forma.

Agora, se você não quer gastar com nada disso, pode simplesmente caminhar. Você consegue visitar praticamente todas as atrações (menos o Jardim Botânico) a pé mesmo, se tiver disposição para andar bastante.

Gardens by the Bay, Singapura
Árvores artificiais do Gardens by the Bay

Chegando e saindo

É possível ir e vir da Malásia usando transporte público, gastando menos que 10 reais. Nós fizemos um post explicando tudo aqui.

Brasileiros não precisam de visto e costumam receber 30 dias para ficar no país, o que é mais que suficiente.

A imigração, pelo menos por terra, é bem tranquila, e não costumam pedir nada. Vale lembrar que há pena de morte para quem leva drogas ao país, portanto não convém se arriscar.

Ficha imigração Singapura
Note que entrar com drogas na Singapura é uma péssima ideia

Comida

Se você quiser economizar, pode passar à base de miojo e pão. Procure os supermercados chineses da rede Sheng Siong, pois são mais baratos. Somente como referência, 1 garrafa de água de 1,5 litros, aqui, sai por 60 centavos de dólar singapurense. No supermercado do shopping Marina Bay, essa mesma garrafa saía por 4 dólares (10 reais!).

Mas você pode comer fora sem estourar o orçamento. Na região central, há um lugar chamado Maxwell Food Centre (rua Maxwell rd com South Bridge rd), onde é possível comer porções modestas a partir de 2,50 dólares singapurenses ou pratos generosos a partir de 3 dólares singapurenses. Também encontramos pratos neste valor na região de Little India.

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Proibido chicletes e outras leis

Logo ao chegar no país, você já preenche uma ficha alertando que o tráfico de drogas é punido com a morte. A partir dali, há vários avisos por toda a cidade indicando multas bem altas para pequenos delitos. Alguns exemplos:

  • Fumar em local proibido (aparentemente, é proibido em qualquer lugar público): de 500 a 1000 dólares singapurenses;

  • Comer no metrô: 500 dólares singapurenses;

  • Entrar no metrô com materiais explosivos: 5000 dólares singapurenses;

  • Acionar dispositivos de emergência sem necessidade: 5000 dólares singapurenses.

De todas as leis, talvez a que mais impressione seja a proibição de mascar chicletes no país (multa de 1000 dólares singapurenses). Isso foi implementado para manter a limpeza da cidade, já que muitas pessoas costumam fazer o descarte de maneira incorreta.

Mesquita do Sultão, Singapura
Visitando a Mesquita do Sultão, em Singapura

Dinheiro e caixas eletrônicos

Você pode sacar dinheiro nos caixas eletrônicos do país usando um cartão internacional. Os caixas não cobram taxa de saque (embora possa haver taxas do seu banco). Também há casas de câmbio na região central.

Em Singapura também funcionam várias aplicações de celular para realizar pagamentos. Nem sabemos como funcionam, mas não é raro ver alguém fotografando um código de barras em uma loja para realizar uma compra.

O que fazer de graça em Singapura

Aqui listamos alguns lugares bem bacanas para visitar em Singapura sem gastar 1 centavo.

  • Marina Bay

Este local é um dos ícones de Singapura. Além de oferecer uma vista bonita dos prédios, ainda rola um show de águas e luzes espetacular (e grátis) de noite (às 20h e às 21h – dura 15 minutos). Nunca pensamos que um show desses pudesse impressionar, mas este impressiona mesmo. A água forma um vapor, e sobre este vapor são projetadas imagens sincronizadas com a música.

O show acontece bem na frente da entrada do shopping, e é marcado como “Spectra” no Google Maps. Procure chegar com uns 20 minutos de antecedência para pegar um bom lugar.

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  • Gardens by the Bay

A menos de 10 minutos de caminhada do Marina Bay está o Gardens by the Bay, um parque muito bonito onde o pessoal vai para correr e andar de bicicleta.

O grande destaque deste parque são as enormes árvores artificiais que fazem um show de luzes pela noite (às 19h45min e às 20h45min). O show é gratuito e dura 15 minutos. Procure chegar um pouco mais cedo para conseguir um bom lugar no chão (você deve ver o show deitado para apreciar melhor).

Sugerimos ver este show às 19h45min e o show da Marina Bay às 21h. Assim, vai pegar ambos lugares mais vazios (ou menos cheios).

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  • Templo do Dente do Buda

Pouco conhecido pelos turistas, o Buddha Tooth Relic Centre é um templo e museu de 62 milhões de dólares que foi erguido para guardar um dente que supostamente pertenceu a Buda. A visita é gratuita e o lugar é impressionante.

Está localizado na China Town (rua Banda st com Sago Ln), a uma pequena caminhada da Marina Bay.

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Leia nosso post completo sobre este templo aqui.

  • Masjid Sultan

A mesquita do sultão é um impressionante edifício, erguido em 1825 e remodelado em 1928, que parece ter saído do desenho do Aladdin. É a maior mesquita de Singapura.

A entrada é gratuita, e o horário de visitação é das 10 às 12h e das 14 às 16h, de sábado a quinta. Nas sextas, o horário é das 14h30min às 16h.

É preciso estar com calças compridas e ombros cobertos. Caso não esteja, eles emprestam uma roupa para você vestir. Mulheres não são obrigadas a cobrir o cabelo.

Na frente da mesquita há uma rua bastante turística, com restaurantes caros. Mesmo que não vá consumir, vale a pena caminhar por ali.

A mesquita fica perto da estação de metrô Bugis. Se tiver disposição, é possível ir caminhando do centro até lá.

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  • Little India e o templo Sri Veeramakaliamman

Como o nome sugere, a little India é um bairro onde a maioria dos moradores é de origem indiana. Ele se destaca dos demais por suas casas bem coloridas e seus pequenos altares hindus, além de restaurantes que servem comidas típicas da Índia e joalherias com vitrines reluzentes.

Neste bairro, um dos destaques é o templo Sri Veeramakaliamman (melhor anotar o nome para não esquecer). Este templo é dedicado à deusa Kali. Nos fundos do templo é possível ver uma estátua sua arrancando com os dentes as entranhas de seus inimigos.

A visita ao templo é gratuita e emprestam uma saia para quem estiver com roupas curtas demais.

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O templo fica na rua Serangoon Rd, 141, perto da estação de metrô Little India. É possível vir caminhando desde a Masjid Sultan.

  • Jardim Botânico

Com 74 hectares, este imenso jardim botânico é o único Patrimônio da Humanidade reconhecido pela UNESCO em Singapura. Ainda que não conseguimos entender o critério para esta escolha, não podemos negar que este jardim é impressionante. Por estar longe do centro, é mais frequentado por turistas do que por singapurenses.

Para chegar aqui, é preciso pegar o metrô e descer na estação Botanic Gardens.

A entrada é gratuita. Opcionalmente se pode visitar um Jardim de Orquídeas por 5 dólares singapurenses.

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  • Singapura Underground

Cansou de ver tudo bonitinho, limpinho e bem organizado, e quer ver o lado underground de Singapura? Então vá até o bairro Geylang (metrôs Kallang e Aljunied). O fervo mesmo acontece pela noite, sobre a avenida Geylang. Ali, é possível ver gente fumando nas ruas (lembre-se que esta é uma infração gravíssima no país), restaurantes relativamente baratos (a partir de 16 dólares singapurenses por pessoa para comer à vontade), sex shops, baladas e garotas de programa. Tudo isso misturado com turistas curiosos e com muçulmanos que vão rezar nas mesquitas da região.

Apesar de ser uma região considerada mais feia e suja, continua sendo um lugar bastante seguro, mesmo para sair de noite com a câmera pendurada no pescoço.

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É isso, pessoal! Estes foram alguns lugares grátis que consideramos imperdíveis no país. Se você tiver dinheiro para gastar, há muito mais para desfrutar em Singapura.

Algum outro lugar que vale a pena visitar e que esquecemos de mencionar? Comentem aí!

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7 comentários sobre “Singapura – o que fazer de maneira econômica

  1. Nossa Renan e familia seus posts são impressionantes, vcs descrevem tudo e mais um pouco.Parabéns

  2. Fala Meninos,
    já estamos aqui pegando várias dicas super úteis sobre Singapura e a Malásia, nossos próximos destinos. Obrigado por dedicarem o tempo de vcs pra ajudar os mochileiros de plantão 🙂
    Grande abraço e boa viagem!

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